PERFIL: A mulher que cultiva, dentro de casa, um museu de grandes novidades

FOTOS: ALEJANDRO GARCIA / FAROL

A aposentada Maria do Carmo Magalhães de Andrada, ou simplesmente dona Ducarmo, tem uma maneira diferente de tocar a vida. Residindo numa imponente casa na Rua Enock Ignácio de Oliveira, no centro de Serra Talhada, a Ducarmo não parou no tempo, mas deu um jeito para que o tempo parasse na própria casa. Esbanjando alegria, dona Ducarmo coleciona peças desde a sua infância e acabou, sem querer, transformando a sua casa numa espécie de museu. Estilos e épocas revelam pedaços da história da cidade.

“Eu sempre gostei de guardar coisas antigas. Tenho aqui, por exemplo, um boneco de Lampião de barro que foi do meu avô e canecas de cerveja que foram do meu marido. Tenho esta mania desde criança. Lá na fazenda eu não deixava ninguém mexer em nada”, recorda Maria do Carmo Magalhães, que é filha de Afonso Magalhães, um dos políticos influentes nos anos 50 cuja principal avenida que dá acesso a Serra Talhada foi batizada com o seu nome.

Andar por entre os móveis da residência é voltar no tempo. Aliás, é uma casa grande com vários ambientes. Cada um com peculiaridades e estilos próprios. O local expira tanta arte que acabou ficando pequeno. Boa parte das peças estão expostas no quintal e na garagem. “Tem muita coisa espalhada, mas eu gosto muito de tudo isso”, disse Maria do Carmo, que tem orgulho da coleção.