Por Paulo César Gomes, professor e colunista do Farol
Antonieta Pereira foi símbolo de uma época de ouro do Cist, mas como tantos outros nomes que fizeram e fazem parte da nossa cultura e da nossa história é pouco lembrada pelos que deveriam de fato preservar cada pedacinho da nossa extensa memória musical.
Antonieta começou a cantar ainda adolescente, sob os cuidados do talentoso e competente maestro Edésio, que era o proprietário da Banda Edésio e seus Red-Caps. A banda era formada por um seleto grupo de músicos da cidade, entre eles, Rui Grúdi, Naldinho, Zé Boquinha, Luiz Fogos e o próprio Maestro Edésio.
O vocal ficava a cargo da jovem loira de 17 anos, que ao cantar parecia uma gingante, tal era força da sua suave voz. Aos poucos Antonieta tornou-se a queridinha da música serratalhadense, nos anos 70, muitas vezes tinha que ter a autorização, por escrito dos pais, para se apresentar no Cist, o point da época, e em outras cidades vizinhas.
A convite de outro grande músico da cidade, Paulo Rosbac, Antonieta desembargou na cidade de São Paulo no final do anos 70. Em São Paulo ela cantou em grandes bandas, como a Avanço 2000, e se apresentou nas melhores casas noturnas da grande metrópole. Ao longo de sua carreira a cantora serratalhadense se apresentou ao lado de grandes nomes do cenário musical nacional, como Ângela Maria, Roberta Miranda, Jair Rodrigues, Cauby Peixoto, Sérgio Reis, Martinha, Tony Angelis, entre outros.
No início da década de 2000, Antonieta retornou a sua terra natal acompanhada pelo seu esposo Antônio Carlos. Há poucos anos atrás ela gravou o CD: Antonieta de volta ao romantismo, uma seleção de grandes clássicos e que nos proporciona uma verdadeira viagem no tempo, curtindo uma das mais belas vozes que já brotaram no Sertão do Pajeú.
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