Perícia complementar foi feita no Lar Paulo de Tarso, no Ipsep, na Zona Sul do Recife — Foto: Danielle Fonseca/TV Globo

Por G1 Pernambuco

 

Uma perícia complementar realizada nesta segunda (17) apontou que um curto-circuito no ventilador na parede da sala provocou o incêndio que destruiu o Lar Paulo de Tarso, no Ipsep, Zona Sul do Recife, na sexta (14). Três crianças e uma cuidadora morreram e 13 pessoas ficaram feridas.

O Instituto de Criminalística (IC) também descartou a possibilidade de ter sido um incêndio criminoso e informou que foi uma pane elétrica. A nova vistoria foi feita para esclarecer onde o fogo começou. Por isso, foram avaliados imagens das câmeras de segurança do abrigo e os laudos da estrutura que sobrou da casa.

De acordo com o perito Fernando Luiz, apesar da presença de diversas tomadas na sala, local onde começou o fogo, a maioria dos equipamentos estava desligada.

“Foi acidental. As imagens nos mostram isso e nos dão a certeza de que a origem do ocorrido foi acidental, Foi por causa de uma pane elétrica”, disse o perito.

A perícia também foi realizada para tentar esclarecer onde estavam as vítimas. O abrigo tinha dois alas diferentes: uma para meninos e outras para meninas.

Na sexta-feira (14), o diretor administrativo do Lar Paulo de Tarso afirmou ao g1 que, para ele, um curto-circuito teria sido a causa do incêndio. De acordo com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o abrigo funcionava com o alvará do Corpo de Bombeiros em dia.

Vítimas

Ao todo, 17 pessoas estavam no Lar Paulo de Tarso, quando o fogo começou, por volta das 3h40. Quatro morreram, sendo três crianças e a cuidadora Margareth da Silva, de 62 anos. Treze pessoas ficaram feridas, sendo 12 menores e uma mulher que trabalhava no local.

Nesta segunda, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que coordena o serviço de acolhimento de crianças em risco social, informou que dois menores feridos no incêndio tiveram alta médica.

As crianças deixaram o Instituto de Medicina Integral Fernando Figueira (Imip), nos Coelhos, na área central da cidade, no domingo (16). Elas foram levadas para a Casa de Acolhida Acalante, administrada pela prefeitura do Recife, no Prado, na Zona Oeste.

Com a alta médica de duas crianças, dez menores e uma adulta permanecem internados em hospitais do Grande Recife. Até esta segunda de manhã, a maioria seguia em estado grave.

Veja situação dos feridos, nesta segunda, segundo governo

  • Seis crianças estão internadas na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Hospital da Restauração, no Derby, área central do Recife. O estado de saúde delas é considerado grave, mas estável;
  • Duas crianças estão internadas na UTI do Hospital Brites de Albuquerque, em Olinda; A adulta está consciente e orientada na enfermaria.
  • Duas crianças estão internadas no Hospital Maria Lucinda, na Jaqueira, no Recife, seguem “evoluindo bem”.