PSG Academy – Foto: Divulgação

Por Folha Pe

 

Aos 12 anos, Eduardo Costa Lins já conseguiu um feito que muitas crianças de sua idade, até mesmo os garotos, só conseguiriam sonhar: em março deste ano ela foi selecionada na seletiva do PSG Recife para o time de competição, e, em seguida, convocada para participar da World Cup.  A concentração, em São Paulo, ocorre na última semana de maio. Estão previstos sete treinos da equipe feminina que representará o PSG Brasil, antes do embarque da delegação no dia 1º de junho para Paris, na França, onde jogarão inclusive no Parc des Princes. Participam academias do PSG de quatro continentes, 18 países, nas categorias U11, U13 e U15 feminino.

Duda, como é mais conhecida pela família e os amigos, irá representar Pernambuco ao lado de mais uma conterrânea, Luisa Tannus. Do Nordeste, serão apenas cinco atletas na seleção do PSG Brasil, na categoria U15 feminina, dentre as 12 que compõem o time. Todas também competem representando a equipe feminina do PSG da cidade de Natal (RN), sob as orientações da professora Denise Fernandes e estiveram na Go Cup no início de abril, maior evento de times de base do mundo, em que participam equipes de outros países.

“Estou muito feliz com a oportunidade. Quando eu recebi a notícia, fiquei muito surpresa, pois sabia que ia haver o torneio, mas nem cogitava pelo convite. Aos poucos, a ficha foi caindo e fui me sentindo mais segura quanto a participar da competição”, revelou Duda, entre sorrisos. A alegria tem sua razão de ser. No caso do time feminino, ela disputará pelo U15 feminino, embora tenha apenas 12 anos e seja menor em estatura que a maioria das colegas em campo.

Segundo Hugo e Célia Lins, os pais da pernambucana Duda, que vem jogando em posições de defesa, a filha mais velha sempre gostou de esportes radicais, como andar de skate, por exemplo. Iniciou no judô, aos seis anos, já se destacando no tatame. Depois, veio o jiu-jítsu, em que ela foi convidada a fazer cumulativamente o treino subsequente, sem custo, com crianças maiores, pois na turma regular “estava fácil”, segundo relato de seu professor. Mas, somente em 2019, ingressaria de vez nos campos, para jogar futebol.

“Duda gosta de jogar, nunca pensamos ou incentivamos a carreira profissional, embora o futebol possa servir de mais uma porta de entrada para se conseguir uma bolsa de estudo mais adiante (talvez no exterior)”, disse o pai da atleta, Hugo Lins.