Do Folha PE
Com muita tristeza o Palácio Campo das Princesas abriu suas portas para o velório do ex-governador, prefeito, ministro e deputado federal Joaquim Francisco. Familiares e amigos estão reunidos, nesta quarta-feira, 4, para se despedir do político pernambucano que faleceu, nessa terça-feira, 3, em virtude de um câncer de pâncreas.
Está prevista uma missa de corpo presente, às 11h. Na ocasião, autoridades, amigos e eleitores se solidarizam com a família de Joaquim. O governador Paulo Câmara (PSB), que decretou luto oficial por sete dias no Estado, reafirmou a falta do político no Estado.
“Um dia triste hoje. Uma pessoa que dedicou sua vida ao serviço público. Deixa um legado de realizações, de fazer política de alto nível com muita ética e acima de tudo, com muito espírito público. Dr. Joaquim com certeza vai fazer falta a Pernambuco e ao Brasil”, lamentou o governador no velório.
Muito emocionado, o neto do ex-governador, Carlos Eduardo Guimarães, ressaltou o legado deixado por seu avô. “Legado é histórico. Um dia muito triste não só pra mim, mas para todos que estão aqui. Pra mim não foi só avô, mas meu professor, meu segundo pai, pessoa que me ensinou muito sobre dignidade, sobre caráter, sobre hombridade, sobre como construir uma vida pública honesta que hoje em dia é difícil. Sem dúvida, um legado incrível que a gente tem que deixar vivo”, disse.
O ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro, também compareceu no Palácio Campos das Princesas para se despedir do amigo. “Joaquim francisco era um homem de bem, inatacável por político nenhum. Sempre normal a gente elogiar as pessoas que nos deixam. Indiscutivelmente, Joaquim poderia ter adversários na política, mas ele era respeitado, inclusive, por seus adversários. Homem que soube cultivar os amigos, homem respeitadíssimo no Estado inteiro, homem que cultivava suas raízes, amava Pernambuco e tinha um gosto especial pela político”, ressaltou.
Para Múcio, Joaquim Francisco marcou uma época importante para Pernambuco. “Joaquim fez um governo gregário, ele juntava as pessoas, discutia. Era um homem muito firme em suas decisões, mas ele ouvia. Ele era antes de tudo democrata. Ele era um homem de grupo”, completou.
A amiga de infância e presidente da Academia Pernambucana de Letras (APL), Margarida Cantarelli, lembrou que trabalhou na secretaria do Trabalho e Ação Social no governo Moura Cavalcanti, no período de grandes enchentes no Estado, como a de Tapacurá.
“Joaquim sempre foi um amigo. Meus pais eram amigos dos pais deles e continuamos com essa amizade até o fim. Foi muito bom trabalhar com ele. A gente tinha vontade de participar, de apoiá-lo, porque sabíamos que ele tinha futuro na política de Pernambuco”, recordou.
O presidente da da Fundação Joaquim Nabuco, Antônio Campos, fez um discurso emocionante sobre o ex-gestor do Estado. “Portanto, Joaquim Francisco, você inspira toda uma geração pelos seus feitos e retidão do seu caráter”, disse. Antes do encerramento do velório, admiradores e eleitores declararam palavras de apoio a família e destacaram a trajetória do político pernambucano.
Além de Paulo Câmara, também estão presentes o secretário estadual da Casa Civil e sobrinho de Joaquim Francisco, José Neto, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), o ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro, a advogada e presidente da Academia de Letras de Pernambucana de Letras (APL), Margarida Cantarelli, secretário estadual de Saúde, André Longo, o jurista José Cavalcanti, a deputada estadual Priscila Krause (DEM), o ex-governador João Lyra Neto (PSDB), a presidente estadual do PSDB e prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB) e o vereador Alcides Cardoso (DEM).