O Ministério da Defesa e o governo do Estado assinaram, ontem, protocolo de cooperação para o desenvolvimento da Indústria de Defesa em Pernambuco. Na prática, o acordo tem como objetivo garantir condições para instalação e desenvolvimento da atividade industrial relacionada à produção de armamento na economia pernambucana de olho em sua competitividade, emprego de tecnologia de ponta, geração de empregos e exportações. Atualmente, há duas empresas já interessadas em se instalar aqui, entre elas a CBC, brasileira que produz munição.

“Pernambuco tem vantagens logísticas e de qualificação de pessoal. Temos, ainda, o Porto Digital e o Porto de Suape, onde está instalado um importante polo naval”, aponta o ministro da defesa, Raul Jungmann. A parceria entre o Porto Digital e o Ministério é, inclusive, antiga. Em maio do ano passado, Jungmann se reuniu com o parque tecnológico a fim de firmar acordos para desenvolver produtos e serviços na área de tecnologia da informação e da comunicação.

Para reforçar o compromisso com a indústria bélica, o Ministério acaba de fechar um acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para criar uma linha de crédito internacional capaz de financiar os produtos brasileiros de defesa com condições especiais. A expectativa é que, ao longo de 20 anos, o setor gere 35 bilhões de dólares em exportações.

De acordo com o governador Paulo Câmara, o acordo entre o Ministério da Defesa e o Estado elevará Pernambuco à posição de um Estado com condições de receber indústrias para o fortalecimento da soberania nacional, o que também irá contribuir para o desenvolvimento e geração de empregos.

Detalhes como locais para a instalação das indústrias e incentivos fiscais ainda não foram discutidos.

Em 2014, a indústria bélica brasileira faturou R$ 209 bilhões (quase 4% do PIB brasileiro). O setor gera 40 mil empregos diretos e 130 mil indiretos.

Do JC Online