Por Paulo César Gomes, professor, escritor e colunista do Farol
Em agosto de 2024, o Farol recebeu a informação de que um grupo de jovens haviam descoberto gravuras pré-históricas em uma serra no distrito de Varzinha, zona rural de Serra Talhada.
No último dia 21 de março, a reportagem do Farol, junto com os integrantes, Instituto Histórico Geográfico e Cultural de Serra Talhada (IHGCST), Paulo César Gomes, Nidreyjeane Magalhães e Luiz Ferraz Filho.
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Os guias dessas expedições foram os jovens que fizeram a descobertas:
Wesley Juan (14 anos), José Kaique (15 anos), José Gabriel (15 anos) Luan Evandro short (15 anos), Anderson Samuel (16 anos) e Pedro Miguel (13 anos).
A escalada até as gravuras que ficam encravadas na Serra da Penha é bastante íngreme, mas a beleza da caatinga compensa qualquer tipo de cansaço.
Ainda é possível encontrar brotando da rocha água límpida e diferentes tipos de plantas nativas.
SÍTIO ARQUEOLÓGICO DE VARZINHA
Ao longo do percurso de mais 500 metros de altura é possível encontrar cerca de seis pontos onde podem ser encontrados vestígios de gravuras encravadas na pedra bruta.
Também é possível identificar símbolos como o sol, estrela, círculos e linhas sinuosas. Traços que remetem ao cotidiano desse grupo que habitou a região.
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O fato é que as gravuras lembram as existentes na Pedra do Ingá, no interior Paraibano.
No caso da Pedra do Ingá, os Arqueólogos, como Dennis Mota e Vanderley de Brito, acreditam que as inscrições tenham sido feitas ao longo de gerações, por comunidades seminômades em passagens um pouco mais prolongadas pela região, e que teriam usado cinzéis de pedra para esculpir os sinais na rocha, há cerca de 6000 anos.Para outros, as gravuras seriam heranças do período paleolítico, na fase da pedra polida.
A região foi batizada como Sítio Arqueológico de Varzinha, o local pode ser usado por pesquisadores e aventureiros, no entanto, as áreas precisam ser preservadas, visto que parte em determinados pontos os efeitos do sol e das chuvas têm provocado a erosão em algumas gravuras.
LOUCOS POR AVENTURAS E O ‘SKIBUNDA’
Os jovens estudantes que descobriram o Sítio Arqueológico sem denominam em grupo de wattassap como “loucos por aventura”, que além de fazerem caminhadas nos finais de semana pela região do distrito, também costumam praticar o ‘skibunda’ na serra penha.
A experiência também foi vivenciada com bom humor pelos pesquisadores Luiz Ferraz, Nidreyjeane e Paulo César.
Grupo “Loucos Por Aventura”. Em pé: Pedro Miguel, Luan Evandro e José kaique. Agachados: Wesley Juan, Anderson Samuel e Gabriel.
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1 comentário em Pesquisadores de ST encontram valioso sítio arqueológico em Varzinha