IMG_3419Foto: Divulgação

E o serratalhadense Petrônio, assim mesmo, sem sobrenome, como ele gosta de ser chamado, destaca-se mais uma vez, agora, não no mundo do cinema, mas da música. Ele é o líder da banda Petrônio e as Criaturas, que está se preparando para lançar o segundo CD. O grupo, que assina um rock empolgante sob uma veia artística contestadora do sistema, entrou em contato com o FAROL para divulgar o seu novo vídeo-clipe, Troglodita (assista logo abaixo).

Rock pesado como o título sugere, Troglodita tece uma pequena reflexão de como anda a relação dos homens no mundo competitivo-capitalista e do eterno retorno aos selvagens seres que somos. A canção ecoa contra aqueles que não querem ter opinião e se incorporam à ”a geração do consenso”, que “não sabe mais em quem vai votar”;  contra a realidade de um mundo intolerante, que ”atira antes de perguntar”.

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Gravado no estúdio “Skill”, no Recife, o clipe é um registro de um ensaio de Petrônio e as Criaturas. O novo disco do grupo virá ainda em 2015. O primeiro foi lançado no início de 2014, chamado “Ossos da alma”, com 10 canções. A partir de meados de 2013 “Petrônio e as Criaturas” tocaram na cena underground de Recife e Olinda, passando pela Noite do Desbunde Elétrico (Recife), pelo Solar da Marqueza e Casarão 32 (Olinda).

Realizaram ainda shows em João Pessoa e seis apresentações no Rio de Janeiro. O FAROL deseja toda a potência criativa e energia positiva do mundo para o multi-artista Petrônio e que as Criaturas sigam firmes lembrando que a sociedade pode ser mais humana perto da música.

Veja clipe de Troglodita

Petrônio – voz e composição

Guga S. Rocha e Fernando S. – guitarras

Ulisses Lenhador – baixo

Philippe Agra – bateria

 

Captação de som – Ravi moreno

Fotografia – Roberto Iuri e Çarungauá

Mixagem – Guga S. Rocha

Montagem – Çarungauá

 

Todos os direitos reservados (2015)

TROGLODITA

(Petrônio)

Às vezes parece que vai ter uma explosão

Muito além das costas de uma cigarra

Pouco aquém de um estouro nuclear

Uma vontade surda de rascunhar o mundo

Escrever um grande poema de aço

Na cortina fina de um magro sorriso

 

Pra não ser da geração do consenso

Que atira antes de perguntar

Pra dizer que o atual pensamento é Troglodita

 

Pra não ser da geração do consenso

Que não sabe mais em quem vai votar

Pra dizer que o atual pensamento é Troglodita