20131214053458_cv_PFoperacao-pf_gdeCinquenta policiais federais cumprem 12 ordens judiciais na manhã desta sexta-feira (1°), sendo oito mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão temporária e dois mandados de condução coercitiva. As duas prisões temporárias têm como alvo o empresário e dono do Diário do Grande ABC, Ronan Maria Pinto, e do ex-secretário-nacional do PT, Silvio Pereira. Os dois de condução coercitiva são contra o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e o jornalista e diretor editorial do site Opera Mundi, Breno Altman.

Delúbio chegou à sede da Polícia Federal por volta das 8h20. Ele estava em prisão domiciliar desde setembro, e teve a pena do Mensalão perdoada pelo STF em março. Altman, apontado como um amigo pessoal do ex-ministro José Dirceu, foi conduzido coercitivamente em Brasília. Ronan e Silvinho foram de carro para Curitiba. A 27ª fase, batizada de “Carbono 14”, apura, “ao menos em tese”, conforme destacou a PF em nota da assessoria, a prática dos crimes de extorsão, falsidade ideológica, fraude, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

O lobista Fernando Antonio Guimarães Hourneaux de Moura disse, em depoimento à Lava Jato, em janeiro, que teria sido informado de que Silvio Pereira recebia R$ 50 mil “em dinheiro vivo” como “um cala-boca” a respeito de irregularidades de duas empreiteiras em ivnestigação, a OAS e a UTC Engenharia.

Em depoimento à força-tarefa da Lava Jato em outubro de 2014,  levantou a suspeita de que Sobre Breno Altman, o doleiro Alberto Youssef teria levantado suspeitas sobre ele em depoimento à Lava Jato sobre ele, de teria se envolvido em uma “operação” para silenciar revelações o caso Daniel.

As medidas são cumpridas nos municípios de São Paulo (três mandados de busca e apreensão e dois mandados de condução coercitiva), Carapicuíba (um mandado de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária), Osasco (um mandado de busca e apreensão) e Santo André (três mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária). As diligências também foram realizadas na empresa de ônibus controlada por Ronan, a “Expresso Nova Santo André”, e a DNP eventos, em Osasco.

De acordo com o Ministério Público Federal, a operação investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro de cerca de R$ 6 milhões, vindo de gestão fraudulenta no Banco Schahin, cujo prejuízo foi posteriormente suportado pela Petrobras.

De acordo com o MPF, durante as investigações da Operação Lava Jato, constatou-se que Jose Carlos Bumlai contraiu um empréstimo fraudulento junto ao Banco Schahin em outubro de 2004 no montante de R$ 12 milhões. O mútuo, na realidade, defende o MPF, teria por finalidade a “quitação” de dívidas do PT e teria sido pago por intermédio da contratação da Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, pela Petrobras, em 2009, por US$ 1,6 bilhão. Os já haviam sido objeto de acusação formal, mas agora viraram foco de uma nova frente investigatória.

Do Jornal do Brasil