O celular de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, segue fonte profícua de indícios da relação entre o então empreiteiro e Brahma, como o ex-presidente Lula era por ele chamado, segundo análise da PF.
Em 2014, Pinheiro escreve: “Ele vai estar num encontro político com o Brahma. Tem de aproveitar para pedir: solução para Porto Vida, solução para Porto Maravilha; BNDES; rolagem da dívida. É a hora de pedir. A oportunidade é única”.
Ainda em 2014, Pinheiro recebe uma mensagem de Carlos Borges, diretor da Funcef [fundo de pensão da Caixa]: “Não esqueça de me reservar uma vaga de office boy nesse arranjo político. Afinal, com sua influência junto ao Galego e a Lula, você é O CARA”.
Em tempo: “Galego” é Jaques Wagner, hoje braço direito de Dilma.
Em setembro de 2012, Cesar Uzêda, então diretor da OAS, comenta com Pinheiro que um interlocutor em comum “esteve com o Brahma sobre Inambari”, hidrelétrica tocada pela empreiteira no Peru.
Em 2013, quando o PT discutia o fim do financiamento privado, Pinheiro reclamava: “Ele disse que tem que acabar com isso [doações privadas], pois as empresas acabam mandando no Legislativo e no Executivo. Ficou Louco. Isso é hora de demonizar empresários?”
O Instituto Lula afirmou, por meio de nota, que não comenta “vazamentos ilegais, seletivos, parciais, com mensagens de terceiros fora de contexto”. (Natuza Nery – Folha de S.Paulo – Coluna Painel).
1 comentário em PF tem acesso a diálogos entre empreiteiro da OAS e Lula, que era tratado como “Brahma”