Pirâmide financeira movimenta meio milhão e faz 7 vítimas em ST

Publicado às 05h10 desta quarta-feira (15)

Os golpes e casos de estelionato online estão cada vez mais elaborados em Serra Talhada. Um surpreendente caso de pirâmide financeira movimentou cerca de meio milhão de reais e fez pelo menos sete vítimas na cidade. O crime foi registrado na Delegacia de Polícia local na última quinta-feira (9). O esquema que supostamente era movimentado por uma jovem de 23 anos funcionou por dois anos solicitando gradativamente investimentos das vítimas e prometendo lucros de 30% a 50% até chegar a 100% de lucro.

A equipe de investigação da 177ª Circunscrição de Polícia Civil de Serra Talhada investiga o esquema. que teria começado em 2021, quando a jovem serra-talhadense começou a atrair pessoas para investir em um rendimento de sua conta bancária que traria retorno aos participantes a partir de um cashback promocional. De acordo com o relato dos investidores que foram alvo do golpe, a propaganda era sempre a mesma. Garantia de ganho fácil com investimentos de baixos valores. Ela garantia o resgate do capital inicial a qualquer momento e ainda o valor extra da promoção, que aumentaria conforme a vítima aumentasse o investimento.

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COMO MANTEVE OS INVESTIDORES?

As vítimas também são naturais de Serra Talhada e de cidades circunvizinhas, na faixa etária de 22 a 33 anos, homens e mulheres que envolveram suas famílias e amigos na esperança de melhorar as finanças. Ao longo do tempo o estelionato chegou a proporção de a suspeita atrair parentes, amigos e conhecidos de seus investidores iniciais. Inclusive, indicando que os envolvidos realizassem empréstimos para financiar as supostas promoções de rendimentos e aumentar os ganhos.

Os serra-talhadenses detalharam que no começo das negociações, a suspeita enviava o cashback aos investidores com um valor superior ao que era esperado que rendesse para gerar confiança e despistar qualquer suspeita da ação fraudulenta. O auge do golpe acabou na chamada “Promoção 100%”, quando a suspeita promete duplicar o valor aplicado. Daí o negócio cresceu ainda mais com mais e mais clientes chegando para participar, mesmo avisados que nessa modalidade de operação iria demorar a ter rentabilidade de suas movimentações.

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AMEAÇAS COMEÇARAM A SURGIR

Neste momento, algumas vítimas desconfiadas da ação começaram a ameaçar a jovem e a exigirem o dinheiro de volta. O que ela respondia com desculpas diversas, como por exemplo, conta bloqueada após a intensa movimentação de valores. Para sanar o problema, a golpista solicitou aos seus clientes novos empréstimos para pagar as pessoas que lhe ameaçavam, inclusive agiotas. Em troca, cobriria o valor com juros, assim que a conta desbloqueasse.

Com o passar do tempo a organizadora da pirâmide financeira não atendeu mais ligações das suas primeiras vítimas e parou de realizar pagamentos. No entanto, não parou de recrutar investidores iniciais e devolvendo rendimentos de baixos valores, mas nunca reembolsando o capital inicial. O caso segue em investigação pela Polícia Civil.

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