Poetas em peleja escrevem o cordel mais ‘arretado’ do mundo

TEU RISO TEM A BELEZA

DA LUA CHEIA DE AMOR

Marcos Passos:

Teu olhar tem a candura

De uma criança sorrindo.

Quando tu estás dormindo

Teu semblante é de ternura.

De uma fruta madura,

Teu beijo tem o sabor;

Teu corpo tem mais ardor

Quando exalas natureza

Teu riso tem a beleza

Da lua cheia de amor.

Cícero Moraes:

Quando vejo este sorriso

Fico alegre e satisfeito

Eu admiro seu jeito

Pois de você eu preciso,

Chego a ficar indeciso

Se declaro o meu amor,

Se te beijo com fervor

Ou a chamo de princesa

Teu riso tem a beleza

Da lua cheia de amor 

Kerlle de Magalhães:

Minha plenitude rara

Serenata de poemas

Pretexto dos meus dilemas

Ardência que nunca sara

Minha flor, minha Dandara

Se pra ti sou sonhador

Sois o sonho multicor

Da mais sublime pureza

Teu riso tem a beleza

Da lua cheia de amor.

Marcos Passos:

Tuas mãos são carinhosas;

Tuas pernas, torneadas;

Teus lábios, duas chamadas

Pra duas bocas nervosas.

Teus seios são como as rosas

Com o olor das campinas;

Tuas curvas são colinas

Que eu galgo com sutileza,

Teu riso tem a beleza

Da lua cheia de amor.

Cícero Moraes:

Parece um meio-fio

Bem branquinho e alinhado,

Com um brilho cintilado

Fazendo-nos desafio,

No seu sorriso confio

Pois tem verdade e valor

É de causar esplendor

A sua delicadeza

Teu riso tem a beleza

Da lua cheia de amor

Kerlle de Magalhães:

Quando a vejo endoideço

E teu rosto em alegria

A gaitada contagia

E pergunto s’eu mereço

Teu sorriso não esqueço

Como fosse um curador

Melhorando a minha dor

Espantando essa tristeza

Teu riso tem a beleza

Da lua cheia de amor.