saúdeProcedimentos simples na saúde, no que diz respeito ao atendimento à população serratalhadense ainda são problemáticos na cidade. Na manhã desta sexta-feira (17), o sub-tenente Marcos César Nogueira, da Polícia Militar, de 55 anos, procurou a redação do FAROL para descrever o caso que vivenciou em uma clínica particular ao solicitar na recepção que sua pressão fosse aferida. Ele afirmou que estava se sentindo mal e procurou o hospital, que segundo ele, é conveniada com o plano de saúde da PM, mas o atendimento foi negado.

“Eu estava me sentindo mal e procurei a casa de saúde, o hospital São Francisco, para verificar a minha pressão e lá disseram que não me atendia. Só diante pagamento, eu teria que pagar, mesmo eu dizendo que sou da polícia militar e pago plano de saúde. Eu até argumentei se existia o plano de saúde, e disseram que existia. Eu procurei o batalhão para falar com a Major Elaine Conserva, mas ela está viajando. Eu ia fazer a denúncia, então vim a imprensa para externar esse constrangimento”.

O Tenente Marcos explicou que está em dia no pagamento do plano de saúde disponibilizado aos polícias. “O pagamento é descontado no meu contracheque, a quantia de R$51,03. É descontado todo mês, eu pago. O hospital é conveniado com a Policia Militar de Pernambuco, alguns na cidade são, mas o São Francisco é. Eu estou indignado porque eu sou cidadão, pago meu imposto de renda e o meu atendimento foi negado. Essa foi a primeira vez que isso aconteceu comigo”, explica policial militar, que procurou uma farmácia local e conseguiu o atendimento gratuitamente.

OUTRO LADO

A reportagem do FAROL DE NOTÍCIAS procurou o Hospital São Francisco para esclarecer o caso e conversou com a recepcionista Iara Souza e o Dr. Nena Magalhães, proprietário da clínica médica. De acordo com Iara “o PM Marcos César entrou no hospital e não solicitou atendimento na recepção, adentrando até a enfermagem e solicitando às enfermeiras que aferissem sua pressão. Nós temos um regulamento a ser seguido, ele se aborreceu por não ser atendido e proferiu um murro sobre o balcão da recepção”.

Buscando amenizar a situação, o Dr. Nena explicou que o hospital é uma clínica médica e realiza exames a partir de guias de solicitação emitidas por outras instituições que realizam exames de urgência e emergência. “Não existe isso no hospital, o policial não tem nenhum direito de agir assim. Ele quis intimidar e constranger as enfermeiras dando-lhes carteiradas. Ele gritou e desrespeitou funcionárias que não têm uma patente tão alta como a dele. Somos conveniados com o plano de saúde da Polícia Militar, mas atendimentos de emergência e urgência só podem ser realizados com uma ordem do Batalhão. Ele me conhece, somos amigos e tanto ele quanto a família dele já foram atendidos aqui, se ele tivesse me procurado com calma, eu teria aferido a pressão dele”, explicou Dr. Nena.