A assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação ocorrerá no dia 17 de fevereiro, mas até agora não se fala em greve. “Estamos construindo um calendário de atividades para debater a questão salarial. O governo estadual costuma remeter o debate do piso à mesa específica de negociação, mas vamos levar o assunto à mesa geral”, declarou o presidente do sindicato, Fernando Melo.
O aumento de salário é apenas uma das muitas reivindicações do funcionalismo público. Os policiais civis cobram a implantação da lei orgânica da categoria e os professores lutam por melhores condições de trabalho, por exemplo. “Há muito pouco diálogo e o que houve só ocorreu quando a gente ameaçou fazer greve”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis.
Já o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos, Renilson Oliveira, diz que vai cobrar o incremento do vale-alimentação. “O valor desse benefício é de R$ 7, um valor congelado há nove anos. Tivemos aumentos do vale em 2007 e 2008, sendo R$ 1 para cada ano. Recebemos um vale irrisório e esse assunto virou questão de honra para a gente”, reclamou.
Os sindicalistas usam argumentos semelhantes para dizer que não darão trégua ao governo. “Não vamos aceitar que se coloque a crise nas nossas costas”, pontua Áureo Cisneiros. Opinião semelhante tem Renilson Oliveira. “Não podemos assumir uma crise que não é de nossa responsabilidade”, falou.
Em sua defesa, a Secretaria de Administração afirmou, em uma nota, que “vem empreendendo esforços para atender às demandas”. O comunicado ainda ressalta que “apesar do cenário econômico desfavorável, Pernambuco manteve em dia o pagamento do funcionalismo”.
Do JC