Polícia Civil investiga morte de mãe e bebê em hospital
Do G1

A Polícia Civil vai investigar a morte de uma jovem de 16 anos e da sua bebê recém-nascida no Hospital Nossa Senhora de Lourdes, no Pilar, no último dia 7. A mãe da jovem diz que as duas morreram por negligência por parte do hospital.

O Município lamentou o ocorrido e informou que vai dar o devido suporte à família da paciente. O prefeito de Pilar, Renato Filho, negou que tenha ocorrido negligência no atendimento da jovem e destacou que todo o suporte necessário foi disponibilizado para o parto dela, visto que o hospital dispõe de estrutura para a prática.

A adolescente Yasmin Micaelli da Silva Santos morreu ao dar à luz sua primeira filha, que morreu 45 minutos depois. Flávia da Silva, mãe da jovem, contou que, momentos antes de dar entrada no hospital, a filha teve uma forte dor de cabeça e uma crise convulsiva.

O chefe de operações da polícia de Pilar, Emerson Pereira, informou que serão interrogados o motorista e o auxiliar que acompanharam o primeiro atendimento na ambulância. “Iremos comunicar a direção do hospital para termos posse do prontuário médico e saber tudo o que aconteceu durante o atendimento da gestante. Quando o inquérito for finalizado pela autoridade policial e será encaminhado à justiça para que sejam tomadas as devidas providências”, disse o chefe de operações.

Ao chamar o socorro, a mãe conta que foi enviada uma ambulância pequena, sem enfermeiros ou paramédicos. “O hospital mandou uma ambulância pequena, sem oxigênio. No caminho, inclusive, minha filha teve crises e eu sozinha precisei acalmar ela”, disse.

No hospital, a mãe da adolescente conta que ela teve outra crise convulsiva. “Levaram ela para a sala de pré-parto, onde mediram a pressão, que estava alta. Imediatamente, falaram para mim que iriam baixar a pressão dela para, assim, transferi-la para o HU, só que nesse tempo ela começou a convulsionar novamente. Foi daí que ela precisou dar à luz a minha neta, mas as duas não resistiram”, acrescentou.

O prefeito da cidade, Renato Filho, contestou, nas redes sociais, a versão da família e disse que a adolescente chegou sem vida e que médicos ainda tentaram reanimar a jovem.

No atestado de óbito da vítima, consta que Yasmin morreu devido à doença hipertensiva da gestação, mais conhecida como eclâmpsia. Porém, a mãe contesta o laudo.

“Ela nunca teve pressão alta. Ela foi vítima de negligência. Na sala de pré-parto ela demorou a ser medicada. E quando ela começou a ficar roxa, me tiraram da sala. Depois foi que veio a notícia da morte dela. E minha neta morreu em seguida, depois de 45 minutos”, falou.