Publicado às 12h55 desta terça (26)

Com informações do G1/Sergipe

Na madrugada desta terça-feira (26), o Complexo de Operações Policiais Especiais da Polícia Civil (Cope) deflagrou uma operação e prendeu mais dois suspeitos de envolvimento na morte do advogado Jarbas Feitoza de Carvalho Filho, assassinado no dia 11 de março, no município de Aquidabã. As investigações tiveram o apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol).

A polícia ainda não passou detalhes, mas disse que dois homens foram presos na operação, um deles seria o autor dos disparos. A Secretaria de Estado da Segurança Pública informou que já havia sido preso, nos primeiros dias da investigação o mentor do crime, mais conhecido como ‘Papá’.

O diretor do Cope, Dernival Elói, falou que inicialmente ‘Papá’ apresentou uma versão de latrocínio e posteriormente, com o auxílio da Divisão de Inteligência, baseado no relatório técnico, foi confrontada a versão e o suspeito acabou confessando a participação no crime.

O delegado disse que ele era homem de confiança do advogado e que foi responsável por passar detalhes do cotidiano da vítima, que foi levada até o local do crime, para uma suposta transação com animais.

“Nesse terça-feira, ainda apreendemos uma arma de fogo, um revólver de propriedade do Papá, e através da confissão dele deflagramos essa operação onde prendemos mais dois indivíduos. E com o um dos suspeitos apreendemos uma provável arma do crime, o homem afirma que foi com essa arma que ele matou o advogado”, explica.

Emboscada

De acordo com a polícia, Jarbas foi abordado pelo autor dos disparos, na presença de ‘Papá’ e acabou alvejado e morto. A motivação para a emboscada, segundo os investigadores, foram dívidas contraídas pelos autores do crime junto ao advogado. O delegado disse que Papá já tinha acertado com o comparsa que efetuou os disparos e o pagamento de R$ 10 mil para cometer o crime.

O delegado explicou que o advogado praticava agiotagem e Papá auxiliava nas transações financeiras. “Pelo que foi apurado, o Papá inventou que pessoas que teriam contraído, supostamente, esses empréstimos com o Jarbas. Então, ele se viu pressionado quando o advogado quis conhecer essas pessoas pra saber quem estava devendo o dinheiro. A partir daí ele se desesperou e procurou um comparsa para tramar o crime”, disse.

Desvio de foco

Após o crime, Papá realizou denúncias para familiares da vítima apontando outras pessoas como supostos criminosos. “Ele tentou fazer isso para desviar a ação da polícia. Só que estamos atento, a Dipol, nos auxiliou bastante e em curto prazo demos resultados as investigações”, afirma.

Os interrogatórios estão sendo encerrados, mas a Polícia vai pedir a ajuda ao Corpo de Bombeiros para tentar localizar o celular da vítima, que foi subtraído, e que supostamente foi jogado em uma barragem no município de Aquidabã.