Do Diario de PE / Foto: Valerie Macon / AFP

A polícia de Las Vegas informou, nesta terça-feira (18), que inspecionou uma casa como parte de sua investigação sobre o assassinato ocorrido há quase três décadas do lendário rapper americano Tupac Shakur.
O Departamento da Polícia Metropolitana de Las Vegas “pode confirmar que foi emitido um mandado de busca e apreensão” na segunda-feira na cidade vizinha de Henderson, em Nevada (oeste), disse um porta-voz em uma declaração enviada à AFP.
A publicação Las Vegas Review-Journal reportou que uma residência tinha sido revistada.
Em 1996, Tupac foi assassinado em uma troca de tiros em Las Vegas, quando tinha apenas 25 anos. Os responsáveis pelo crime jamais foram encontrados.
A operação de segunda é “parte da investigação em curso sobre o homicídio de Tupac Shakur”, acrescenta a nota policial, sem oferecer mais detalhes.
“É um caso que ficou sem solução e esperamos que algum dia possamos mudar isso”, disse o tenente Jason Johansson ao Review-Journal.
Tupac teve uma carreira curta, mas espetacular, ascendendo rapidamente de bailarino a autoproclamado gângster do rap e um dos representantes mais influentes do hip-hop, com 75 milhões de discos vendidos.
Também se tornou um dos expoentes da famosa rivalidade, incentivada por promotores de eventos, entre o hip-hop das costas Leste e Oeste, esta última que ele representava.
Embora tenha nascido em Nova York, Tupac se mudou com sua família para Califórnia na adolescência, tornando-se um dos principais nomes da cena nessa região.
As circunstâncias de sua morte, em setembro de 1996, ainda não foram esclarecidas, e isso dá margem para uma série de teorias sobre o que teria acontecido.
O assassinato de Tupac foi seguido, seis meses depois, pela morte a tiros de seu rival, Christopher “The Notorious BIG”, rapper da Costa Leste.
Muitos acreditam que os dois foram assassinados como parte de uma rivalidade entre seus selos discográficos, Death Row de Los Angeles e Bad Boy Entertainment de Nova York.
Mas alguns historiadores da música afirmam que a disputa entre ambas as costas ganhou contornos exagerados por motivos comerciais.
Tupac Shakur, cuja mãe – Afeni – era ativa no movimento dos Panteras Negras e o batizou assim em homenagem a Túpac Amaru, um líder revolucionário inca, usou suas letras para mostrar os problemas enfrentados pelos negros americanos, que vão da brutalidade policial ao encarceramento em massa.