PTPassado o período eleitoral, os rachas internos do PT voltam a assombrar o partido e a expor as insatisfações com os caminhos trilhados pela legenda. Membros dissidentes da sigla começaram a construir um movimento em busca de novas desfiliações. Os antigos integrantes da corrente PTLM (PT de Lutas e Massa) deixaram o partido logo após as eleições estaduais, quando declararam apoio a Paulo Câmara (PSB). Agora, o grupo organiza plenárias pelo Estado para conseguir novos adeptos ao posicionamento.

Expondo mais uma vez as diferenças internas dentro da sigla, 30 reuniões já estão agendadas para os próximos meses. Na última quarta-feira (17), o grupo esteve em Carpina, na Zona da Mata Norte. Lá, mais de 200 membros pediram para deixar o partido, inclusive o delegado do PT no município, Elliton Lopes.

Atualmente, a sigla tem 120 mil filiados em Pernambuco, desses 50 mil estão no Recife.

Segundo Gilson Guimarães, ex-integrante da Executiva Estadual do PT, que chegou a coordenar a campanha da presidente Dilma no Estado, os representantes municipais do PT estão convidando os dissidentes para discutir sobre a conjuntura atual do partido.

“Com a nossa saída estão sendo estimulados os debates com várias lideranças”, explicou Gilson. No período em que o PT abriu processo para punir os “infiéis”, o grupo se adiantou e pediu para sair.

Na próxima terça-feira (23), os dissidentes organizam plenária na cidade de Vitória de Santo Antão.

Questionado sobre a desfiliação em massa e sobre a possível atração de novos membros para um novo projeto partidário, Gilson afirmou que, por enquanto, não há intenção de fundar nova sigla.

“No momento não [vamos fundar novo partido], mas a grande questão é porque no primeiro momento tentaram nos desqualificar, dizendo que éramos um grupo pequeno, sem influência. Então nós estamos colocando o projeto de democracia centralizadora do PT em xeque”, explicou Guimarães, em entrevista ao Blog.

( Do Blog Do Jamildo)