quebra-de-acordoPor Carol Siqueira, Agência Câmara Notícias

O PDT e o PTB anunciaram nesta quarta-feira (5) a independência em relação à base governista. Isso significa que os partidos não estarão comprometidos com as orientações do governo nas votações.

O líder do PDT, deputado André Figueiredo (CE), disse que o partido não vai mais participar das reuniões dos líderes da base depois de os parlamentares terem sido tachados de infiéis pelo governo. “Não admitiremos mais sermos chamados de infiéis e traidores porque nunca traímos nossos princípios”, disse.

André Figueiredo destacou que o partido votou contra as medidas provisórias do ajuste fiscal, por atingirem direitos, e sempre defendeu as causas de servidores públicos.

Já o líder do PTB, deputado Jovair Arantes (GO), disse que o partido decidirá, caso a caso, como votar as matérias em pauta na Câmara. O partido hoje faz parte do bloco do PMDB. “Hoje a bancada declara independência às votações e reserva o direito de votar como quiser”, afirmou.

Deputados do PSDB aplaudiram a decisão como uma mudança do PDT para a oposição. “Bem-vindo à oposição”, disse o deputado Caio Narcio (PSDB-MG). O vice-líder do governo deputado Silvio Costa (PSC-PE) questionou se o partido abria mão do comando do Ministério do Trabalho, já que anunciou o rompimento com a base.

Ministérios
O anúncio do rompimento de partidos da base levou o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), a afirmar que é preciso repensar os ministérios. “Temos de refazer muitas coisas, refazer a base e, para isso, temos que também dialogar com ministros indicados das cotas desse ou daquele partido”, disse.

O rompimento vem no dia em que o vice-presidente da República, Michel Temer, reconheceu que a situação do Brasil é “grave” e fez um apelo para que todos se dediquem a resolver os problemas do País.