Publicado às 05h55 deste sábado (9)

Por Paulo César Gomes, Professor, escritor e colunista do Farol

Duas questões muito discutidas em Serra Talhada nos últimos dias são sobre a postura adotada por alguns grupos políticos em relação ao segundo turno. Em um contexto de acirramento político, ficar em cima do muro nesse momento, seja para presidente, seja para governadora, é algo bastante ‘inusitado’ para quem é político. Porém, por estarmos vivendo em uma democracia, ficar em cima do muro também faz parte do jogo, mesmo que no futuro isso possa trazer consequências para os que optaram pela neutralidade.

Outra questão bastante polêmica tem origem no fato de que a classe política serra-talhadense vem apregoando para a população a tese de que os candidatos de diferentes cores, partidos e ideologias merecem receber o voto pela simples razão de que ao longo dos seus mandatos teriam trazido algum tipo de benefício para o município.

Com base nessa teoria, fica o seguinte questionamento: qual é o benefício trazido por Raquel Lyra ou Jair Bolsonaro para Serra Talhada? Por que o cidadão deve votar nesses candidatos? A pergunta é indigesta, mas a resposta tem que ser objetiva, até porque tem uma leva de políticos locais que estão se ‘fantasiando’ como soldados de grupo, seja do “A”, do “B”, do “C” e do “D”. No entanto, estão mais preocupados com o seu ‘embigo’ (nesse caso não se trata do umbigo) do que com as reais necessidades da população.

O segundo turno mal começou e já está mostrado o verdadeiro jogo da política, onde os interesses pessoais se sobressaem aos interesses coletivos. Isso no que se refere a ‘ilha’ política que alguns querem transformar Serra Talhada.  Uma ilha que poderá se tornar em um futuro próximo uma grande fantasia.