Fotos: Farol de Notícias/Max Rodrigues
Publicado às 13h30 desta segunda-feira (14)
O novo decreto do governo do estado que entrou em vigor nesta segunda-feira (14) conseguiu reduzir o número de pessoas nas ruas com o comércio não essencial de portas fechadas, porém o maior foco de aglomerações no Centro de Serra Talhada continua, visto que não conseguiu reduzir o número de pessoas nas filas das agências bancárias. A reportagem do Farol esteve nas principais ruas do Centro da Capital do Xaxado, nesta manhã, e registrou imagens das lojas fechadas e aglomerações nas filas de bancos, mesmo havendo intervenção da Vigilância Sanitária.
A reportagem encontrou alguns usuários das agências que aguardavam atendimento (uns para sacar o auxílio emergencial, outros para desbloqueio de conta e pagamento na folha), porém estavam mais deslocados das filas e constatou que todos temiam o contágio do coronavírus, porém a necessidade os levavam a se arriscar, porque dependiam desse atendimento para levar comida à mesa.
”Eu já vim duas vezes aqui, me arriscando e não resolvi, da outra vez, eram 15 horas e estava aqui ainda e fiquei com medo de não pegar carro e voltei sem ser atendida, hoje com essa situação estou vendo que vai ser do mesmo jeito. Eu vim tirar meu bolsa família porque perdi meu cartão e vou ver se chegou o novo cartão, se não chegou tenho que tirar na folha. Eu tenho muito medo de pegar covid porque eu já peguei há 3 meses e fiquei muito dias internadas, muito fraca por isso fico com medo de pegar e ter reações piores, então tento ficar mais afastada” afirmou Michele Borbosa, 30 anos, que reside em São José do Belmonte, Sertão Central.
É o caso de Francisco Santos, 48 anos, morador do bairro Borborema, em Serra Talhada. ”Como é que ficam naquele corredor [beco da Caixa Econômica] com muitas pessoas? Por mais que peçam para se afastar, mas as pessoas não fazem o que pedem e ficam se aglomerando encostando uns nos outros. Eu vim resolver meu auxílio me arriscando, mas procuro ficar afastado. A pessoa tem medo porque está morrendo muita gente, se prevenir é melhor porque não está escrito na testa quem anda com o vírus,” lamentou.
Diante da lamentável situação, há quem culpe as pessoas que se arriscam enfrentando as filas sem manter o distanciamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e até mesmo todos que buscam o atendimento e também há quem culpe as agências bancárias. No entanto, o que a sociedade precisa e espera é que haja políticas mais eficazes para conter a proliferação do vírus na cidade para que mais famílias são vivam o drama e a dor de perder os seus.
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