População desaprova postura Bolsonaro na saúdeFotos: Farol de Notícias / Celso Garcia

Publicado às 19h08 deste domingo (23)

Defendendo o Sistema Único de Saúde (SUS), a vacinação e o controle do isolamento social, a população de Serra Talhada avaliou as posturas adotadas pelo governo federal em relação à saúde e o tratamento da Pandemia do Covid-19.

A reportagem do Farol de Notícias foi às ruas para ouvir o povo e encontrou diferentes pontos de vista, até serra-talhadense que mora na Europa opinou. Confira todos os depoimentos abaixo:

FALA POVO – SAÚDE E GOVERNO FEDERAL

População desaprova postura Bolsonaro na saúde

Evetlandl Maria Dorr, 64 anos, serra-talhadense que mora há 30 anos em Bamberg, na Alemanha. Para ela, a assistência de saúde no Brasil é melhor devido ao SUS.

“Eu acompanho as notícias do Brasil e em termos do que já aconteceu, e antes que o presidente não queria dar as vacinas para as crianças. Eu acho que ele devia ter vacinado as crianças antes, elas também trazem a doença. Eu acho que a vacinação para os adultos foi adequada, já tomei minhas três vacinas, duas lá e a última aqui. Mas o governo eu acho muito bom a saúde no Brasil, eu acho melhor que lá na Alemanha porque é grátis, pelo SUS. Lá nós pagamos, tem o seguro e é muito difícil, o governo que não é muito bom”, justificou.

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População desaprova postura Bolsonaro na saúde

Silvania Santos, 39 anos, trabalha com controle de qualidade, mora no Alto da Conceição, opinou contra o tratamento do governo Bolsonaro com a vacinação infantil e o retorno dos casos.

“Não acredito que o governo trata a pandemia da forma que deveria por conta dessas medicações infantis, para as crianças já era para ter acontecido e veio ser agora há pouco tempo. E também  por causa dessa nova onda, além da gripe, a Covid voltando agora. As escolas abertas, bares festas, tudo aberto de novo. Eu já tomei as minhas vacinas,  peguei Covid e na minha casa todo mundo teve, perdi uma tia para a doença e depois de vacinada com as duas doses, mas mesmo assim faleceu”, disse.

População desaprova postura Bolsonaro na saúde

Jonielio Marcelino, de 28 anos, é farmacêutico e morador do bairro Universitário. Para o profissional de saúde a assistência do governo federal a saúde está péssima.

“Eu acho que está péssimo, tem que melhorar a vacinação, incentivando os testes. Tem que vacinar mais pessoas, mas eu acho que foi adequado essa vacinação das crianças, estava precisando. Eu já tomei a dose de reforço da vacina e não cheguei a pegar Covid-19, só a gripe. E além de tudo ainda tem a gripe, que é também uma preocupação”, afirmou.

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População desaprova postura Bolsonaro na saúde

Indrid Alves, 22 anos, trabalha como vendedora e moradora do Centro. Para ela, o governo deveria tomar uma postura mais concreta em relação o isolamento social, o comércio e as vacinas. 

“Eu acho que eles deveriam agir de forma definitiva em relação a algumas coisas, porque fica meio que confuso. Uma hora abre tudo e fica normal, outra hora fica naquela de algumas coisas funcionarem e outras não. Acho que deveria ter uma postura mais bruta em relação a tudo. Proíbe algumas coisas, mas em relação a bares e festas funciona tudo normal e você vê que a aglomeração é total. Não tem máscara, não tem distanciamento, não tem nada. Sobre as vacinas eu acho que é muito da consciência de cada um, de ir ou não se vacinar, mas o governo está fazendo a sua parte sim”, concluiu.

População desaprova postura Bolsonaro na saúde

João Maria, é o proprietário de uma loja do centro de Serra Talhada e ponderou sobre as opiniões expressas sobre a vacina e o negacionismo, ele reforça a importância de estar imunizado.

“Uma coisa muito importante é quando diz que ele não quer que vacine as crianças. Tem que vacinar as crianças, tem que vacinar. O que a gente está sentindo, a melhora foi porque a gente se vacinou. Eu mesmo já tomei a terceira vacina. E acho que a segurança entre a gente é a vacina, colocando até matérias dizendo que é para protestar contra a vacinação. Isso não é o certo”.

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População desaprova postura Bolsonaro na saúde

João Quirino é professor universitário, mora há cerca de um mês em Serra Talhada e para ele a postura do governo Bolsonaro foi responsável pelo agravamento da pandemia do Covid-19.

“A postura do governo federal foi extremamente antiética, uma postura anticientificista e isso prejudica muito o país. Com relação a distribuição, com relação a quantidade de vítimas que aconteceram. Faço parte de um grupo na Universidade Federal Rural de Pernambuco que teve uma reunião desde o começo da pandemia e a projeção é que se num cenário que a gente não tivesse uma política de assistência, como foi o que de fato aconteceu, previa em média de 500 a 600 mil mortos. E hoje, depois de passada toda a fase aguda da pandemia, estamos tendo uma reagudição dos casos a gente vê que isso realmente aconteceu. Poderíamos ter tido uma política efetiva, no que diz respeito a distribuição e a efetividade do tempo de resposta a pandemia em relação a vacina e terapias que não foram feitas.

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