aliadosFazendo oposição branda desde o rompimento com o governo socialista há um ano, o PT pernambucano agora quer se colocar mais ainda em posição adversária no Estado. Foi isso o que as principais lideranças do partido afirmaram em coletiva de imprensa concedida após a reeleição de Dilma Rousseff (PT), na noite deste domingo (26).

“Hegemonias absolutas não existem em Pernambuco e não devem existir”, afirmou o senador Armando Monteiro Neto (PTB), aliado do partido que teve o seu plano de governar o Estado derrotado no primeiro turno. O petebista ressaltou que o papel agora deve ser divergente do PT, porém “garantindo que o governo federal continue apoiando os projetos bons para Pernambuco.

O deputado federal João Paulo, que também perdeu nas urnas este ano, afirmou que a postura do PSB foi de “total desrespeito por quem tanto fez pelo Estado”. “Acho que o governo do PT tem que ver a relação com os aliados, quem são os verdadeiros aliados”, disse João Paulo. Para ele, é importante que a legenda se reposicione politicamente no Estado.

A deputada federal Teresa Leitão, presidente da sigla em Pernambuco, afirmou que, como o PT se tornou oposição já no fim do governo, não era visto como tal. Porém, para ela, iniciar um novo mandato nessa posição vai dar mais visibilidade para essa função fiscalizadora.

Apesar do papel de oposição, os líderes pernambucanos reafirmam que os investimentos federais no Estado não serão afetados. “O governo federal tem que trabalhar para o povo, mas obviamente não pode fazer ações sozinhos. É um pouco diferente da posição do prefeito (do Recife, Geraldo Julio), que parece que quer um terceiro turno da eleição”, atacou Humberto. O senador usou as palavras de Dilma na sua última visita a Pernambuco, nessa terça-feira (21): “Eu respeito o governador eleito porque ele foi escolhido pelo povo.”

( Do Blog do Jamildo )