A prefeita reeleita de Planalto da Serra, a 254 km de Cuiabá, Angelina Benedita Pereira (PSDB), e seu vice, Marcos Antônio Sampaio Rodrigues (PHS), tiveram os registros de candidaturas cassados pela Justiça Eleitoral por abuso de poder político e econômico durante a campanha eleitoral, a fim de angariar votos de forma ilegítima. Angelina Pereira também foi declarada inelegível pelo período de oito anos. Segundo a decisão, ela mandou fazer moldes de próteses dentárias para eleitores.

A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) foi proposta pela coligação “Retomada do Crescimento”. A decisão foi proferida pela juíza eleitoral Silvia Renata Anffe Souza, da comarca de Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, na última terça-feira (13).

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Ao G1, a advogada de defesa da prefeita e do vice-prefeito, Débora Simone Rocha Faria, alegou que irá  recorrer da decisão e que os seus clientes já foram diplomados. Segundo ela, a posse dos eleitos em seus respectivos cargos irá ocorrer no dia 1º de janeiro de 2017, pois o recurso suspende os efeitos da decisão até o julgamento do pedido pelo pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT).

Na denúncia, a coligação “Retomada do Crescimento”, do candidato adversário, alega que, dez dias antes da eleição, a candidata, que já exercia o cargo de prefeita do município, teria contratado um dentista sem licitação para realizar a extração de moldes de próteses dentárias para a população carente. Na ação, o dentista também foi denunciado, porém, a juíza julgou a representação improcedente.

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Conforme a denúncia, foram feitos mais de 200 moldes e o contratado teria realizado o trabalho pedindo voto a cada um dos pacientes para a então candidata à reeleição. Ainda segundo a coligação, a realização dos moldes “teria alterado significativamente o cenário eleitoral”.

De acordo com a defesa da prefeita e do vice, as ações realizadas estão inseridas no programa social “Brasil Sorridente”, do governo federal, ao qual a administração estava dando continuidade após ter sido citada duas vezes pelo Ministério da Saúde, por medo de perder R$ 180 mil destinados ao município. Ao todo, 112 moldes foram feitos na ocasião.

 

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