Do Reuters

O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, deve declarar vitória sobre o Estado Islâmico em Mosul nesta segunda-feira, já que só algumas dezenas de militantes ainda mantêm a resistência na cidade que foi a capital de seu califado autodeclarado nos últimos três anos.

Era possível ouvir tiros e explosões enquanto a coalizão liderada pelos Estados Unidos bombardeava as poucas posições restantes do grupo.

“Eles não irão declarar vitória até a área estar totalmente conquistada”, disse o oficial do Exército iraquiano Firas Abdel Qassim. Os militantes ainda controlam um pequeno trecho, explicou.

Abadi tem se encontrado com autoridades militares e políticas em Mosul em um clima de festa que contrasta com o medo que se disseminou rapidamente quando algumas centenas de combatentes do Estado Islâmico tomaram a cidade e o Exército do país desmoronou em julho de 2014.

O líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, chocou o Oriente Médio e potências ocidentais pouco tempo depois aparecendo no púlpito da Grande Mesquita de Al-Nuri em plena luz do dia para declarar um califado e se anunciar como líder de todos os muçulmanos.

Um reinado de terror se seguiu, alienando até apoiadores que eram sunitas, como os membros do grupo, com o tempo, o que criou uma vantagem para as forças de segurança.

Baghdadi fugiu da cidade e seu paradeiro exato é desconhecido. Há relatos de que ele está morto, mas autoridades iraquianas e ocidentais não conseguiram confirmar até o momento.

Mesmo que Baghdadi seja morto ou capturado, é improvável que isso detenha o Estado Islâmico, que agora deve ir para o deserto ou as montanhas do Iraque e desencadear uma insurgência, semelhantemente ao que a Al Qaeda fez após a queda de Saddam Hussein em 2003.