penaO acrônimo que há décadas identificou a capital mexicana, Distrito Federal, desapareceu oficialmente nesta sexta-feira (29). Mas a rebatizada Cidade do México não muda só de nome, também de status: se emancipa do governo e adquire competências semelhantes aos poderes dos estados.

A capital mexicana terá sua própria Constituição e Congresso, poderá legislar em matéria de segurança e finanças, aprovar ou rejeitar reformas constitucionais ou receber milionárias ajudas federais que até agora eram proibidas.

O chefe de governo ou prefeito, que ganhará funções parecidas com as de um governador mas sem ter esse título, será o encarregado de nomear seu chefe de segurança e de polícia, e a capital poderá contrair dívida pública sem o consenso do Congresso Federal.

A transformação da cidade começa a se formalizar nesta sexta-feira (29) com a promulgação da reforma política da Cidade do Méxicopor parte do presidente Enrique Peña Nieto e culminará em 2017 com a aprovação da nova Constituição.

Nova silga
Deste modo, a superpovoada e progressista capital mexicana estreia oficialmente a sigla CDMX, e avança o sinal para tornar-se uma nova “entidade federativa” do país e o 32° estado do México.

Longe vão os quase dois séculos de vida no Distrito Federal, a sede dos poderes federais, que foi inicialmente definida como “a praça principal e dentro de duas léguas” e chegou a se chamar também Departamento do México ou do Departamento do Vale do México.

Durante décadas funcionou como um apêndice do poder presidencial, que escolhia e destituía seus governadores ou regentes. Foi apenas em 1997 que os moradores da capital elegeram nas urnas seu primeiro chefe de governo ou prefeito.

Do G1