Professores e merendeiras de algumas escolas públicas de Serra Talhada estão sendo pressionados a não comparecerem, na próxima quinta-feira (10), ao ato público que está sendo preparado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTEST), em protesto ao aumento da alíquota da previdência própria da Capital do Xaxado. Na manhã desta terça-feira (8), o FAROL recebeu um telefonema de uma servidora confirmando a ofensiva do governo petista.

“A diretora da escola, Ângela Simões; reuniu os servidores e informou que quem faltasse na quinta-feira, para participar da passeata do Sintest, teria o seu ponto cortado. Eu vejo isso como uma ameaça. Mas não me intimida. Eu e outras companheiras vamos estar na passeata”, disse uma servidora da escola José Rufino Alves, no bairro da Caxixola.

A notícia chegou até os ouvidos do vereador Sinézio Rorigues, que comentou o fato na tribuna da Câmara de Vereadores, na sessão da última segunda-feira (7). “Isto é um abuso. Só peço que os servidores não se intimidem e respondam com uma forte mobilização. Quero acreditar que isto não acontece com o aval do prefeito Luciano Duque”, disparou Rodrigues.

O OUTRO LADO

A reportagem conversou com a diretora Ângela Simões, por telefone, que negou qualquer tipo de pressão contra os servidores. “Essa informação não é verdadeira. Não existe isso. Agora, a passeata acontece no dia em que iremos realizar a festa das crianças. Não tive como cancelar. Os servidores são livres para escolher”, disse a diretora, afirmando que não esperava que o assunto ganhasse tanta repercussão.