fidelFoi uma de suas primeiras proibições após o triunfo da revolução: não haveria estátuas, nem ruas com seu nome. Mas prestes a completar 90 anos, Fidel Castro, já fora do poder, é paradoxalmente a imagem da Cuba rebelde que atrai o turismo.

Apenas outro ícone da gestão revolucionária, Ernesto “Che” Guevara, executado há 48 anos na Bolívia, compete com a imagem do comandante.

Aposentado há 10 anos, Fidel Castro é praticamente inacessível. Só recebe visitas esporádicas de personalidades em sua casa em Havana – que poucos conseguem localizar – e ainda mais escassas são suas aparições públicas ou fotos tiradas recentemente. Uma presença discreta que contrasta com as cinco décadas em que esteve à frente da ilha socialista, exercendo uma liderança onipresente antes de ficar doente e ceder o poder a seu irmão Raúl.

Gerações de cubanos cresceram com a imagem e presença próxima de Fidel, o mesmo que pregou sua rejeição ao “culto à personalidade”. “Sou hostil com tudo o que possa parecer um culto a pessoas (…) e não há uma só escola, fábrica, hospital ou edifício que leve meu nome. Não há estátuas, nem praticamente retratos meus”, disse Castro ao jornalista francês Ignacio Ramonet em um livro de conversas publicado em 2006.

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