O ex-líder do governo Luciano Duque na Câmara Municipal de Serra Talhada, vereador Naílson Gomes (PSC), revelou – durante o programa Câmara em Debate, na Rádio Vila Bela FM nessa sexta-feira (27) – que é contra o projeto do executivo que taxa o funcionalismo público com o aumento de 2,5% na alíquota de contribuição da previdência.

Na visão de Naílson, o governo deve sentar com os parlamentares e a população para discutir um consenso que não penalize o servidor público. O projeto enviado pelo executivo municipal tem o principal objetivo de tentar salvar as contas do Instituto de Previdência Própria de Serra Talhada.

Mas quase todos os vereadores garantem que a elevação do imposto seria uma medida paliativa e que não evitaria uma futura quebradeira nas contas do IPPST. Ainda durante a entrevista, Naílson Gomes aproveitou para ratificar que não voltará para a liderança do governo na Casa Joaquim de Souza Melo. A função continua sem representante há quase duas semanas.

“Eu, particularmente, não voto do jeito que o projeto está. Do jeito que está sendo proposto, tem que se fazer um estudo maior. Não defendo o aumento de 2,5% da alíquota. Acho que é demais. O bom é levantar essa questão com a população, com o cuidado de se chegar a um consenso logo”, disse Naílson Gomes, lembrando que o prefeito deve ter o bom senso de recuar, ser flexível e procurar debater a questão.

“O prefeito reconheceu que foi infeliz quando declarou (na imprensa) que não tinha negociação. Ele recuou e viu que tudo na vida é negociável e acho que pode haver mudanças ainda positivas para o servidor, que não pode ser penalizado. A gente tem que sentar e chegar a um consenso, como também acredito que um aumento é uma solução paliativa para uma previdência que nasceu falida”.

7 VOTOS CONTRA

Com esse anúncio do vereador governista, o projeto já não teria condições de ser aprovado pela maioria na Câmara Municipal.

O voto de Naílson soma-se ao de outro parlamentar da base do prefeito, Sinézio Rodrigues (PT) e seriam 7 – contando com os de todos da oposição, numa Câmara formada por 15 parlamentares.

Em outra ocasião, Sinézio revelou que contaria com o apoio de mais colegas da bancada da situação na empreitada a favor dos servidores municipais e contra o projeto atual do executivo.