Publicado às 14h47 deste sábado (2)

O professor de Educação Física do Colégio de Aplicação de Serra Talhada, o qual vem sendo acusado por várias estudantes de assédio, acionou a Delegacia de Polícia Civil com uma queixa de calúnia e difamação. Em conversa com o Farol, neste sábado (2), o docente disse que está sentindo-se ofendido, já que não teria praticado nenhum dos atos que vem sendo acusado pelas alunas.

Ele também afirmou que, quando a denúncia explodiu, essa semana, com as estudantes compartilhando nas redes sociais as acusações, emitiu ofício à direção do colégio para que fosse convocada uma reunião urgente com os pais dos alunos. O que até agora não aconteceu.

“Certo da minha seriedade diante do assunto, e que pode macular minha imagem, solicitei por várias vezes que fosse marcada reunião com os pais e alunos que fizeram essa denúncia caluniosa, ou que se sentiram prejudicados de alguma maneira, a fim de que ficasse tudo esclarecido de minha parte como professor”, disse o docente.

O Farol teve acesso à cópia do memorando enviado por ele à direção do Colégio, que se manteve em silêncio diante o pedido de esclarecimentos. O documento foi enviado no último dia 31, onde relata o docente que as denúncias estavam ganhando força na quarta-feira (30), pela rede social Facebook e precisavam ser esclarecidas.

“Prezada Diretora, em vista de que há rumores que este professor estava aliciando menores do sexo feminino entre 11 e 13 anos, e que supostamente pais dessas respectivas estudantes solicitaram à direção deste colégio que fossem tomadas as devidas providências, venho requerer o nome daqueles que supostamente foram prejudicados de alguma forma por qualquer ato meu, a fim de que sejam esclarecidas qualquer situação que por ventura tenha ocorrido. (…) Embora não seja necessário, esclareço que já compareci à Delegacia de Polícia Civil, na qual foi registrado boletim de ocorrência, cujo objetivo é averiguar comentário realizado na rede social Facebook acerca desta suposta aliciação de menores. (…) Solicito que seja marcada reunião com os pais e alunos que fizeram esta denúncia. “.

SEM RESPOSTA DA DIREÇÃO E TESE DE ARMAÇÃO

Em contato com o Farol, o professor deixou claro que não houve uma resposta satisfatória da direção do colégio em esclarecer os fatos com celeridade. “Isso aconteceu na quarta-feira (30), então pedi para ela [a direção da escola] solucionar e chamar os pais, e ela [a diretora] não chamou. Então, fiz a queixa crime na delegacia na quinta-feira. Quem me conhece sabe que não faço isso. Estão querendo me prejudicar”, afirmou.

Ainda, em contato com o Farol, o professor lembrou que tem 11 anos de sala de aula e, durante todo este tempo, nunca ocorreu qualquer fato que viesse desabonar sua conduta. “Durante toda a minha vida funcional nunca houve qualquer tipo de de situação semelhante”.

O Farol manteve contato também com outros professores do Colégio de Aplicação, que defenderam a conduta do colega. Eles acreditam que o docente está sendo vítima de uma armação.