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Fotos: Alejandro García / Farol

Cerca de 500 professores da rede municipal de ensino de Serra Talhada, reunidos na Câmara de Vereadores, rejeitaram a proposta de reajuste salarial do governo Luciano Duque e decretaram estado de greve nessa segunda-feira (4).

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintest), na próxima segunda-feira (11) haverá uma parada em todas as escolas e uma nova assembleia para decidir por uma greve por tempo indeterminado, caso as negociações com o governo não avancem ao longo da semana.

A assembleia que decretou o estado de greve contou com a participação do secretário de Educação, Edmar Júnior, que foi o porta-voz da proposta governista.

“Haverá um impacto na folha de quase R$ 4 milhões caso o governo conceda o reajuste que a categoria reivindica. Estamos vivendo um momento de dificuldades. Estamos oferecendo um reajuste menor, que dá para pagar. É melhor um pouco que dá para pagar em dia do que começar a atrasar a folha salarial”, disse Edmar Júnior.

O secretaria ofertou um reajuste de 11% aos professores e 6% para os demais servidores em educação. A categoria defende 13,5% para todos os servidores.

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REAÇÃO

Logo na abertura da assembleia, o presidente do Sintest, vereador governista, Sinézio Rodrigues (PT), disse que respeitava o governo municipal, mas que o reajuste oferecido era insuficiente. Durante o ato, o petista pediu aos colegas que evitassem vaiar o secretário Edmar Júnior.

“Esta proposta vai nos trazer um prejuízo financeiro porque a categoria sempre conquistou um percentual acima do piso mínimo. Mas estamos abertos ao diálogo”, disse Rodrigues. O diretor do Sintest, Júnior Moraes, em conversa com o FAROL, reforçou o estado de greve. “A greve pode ser decretada, na segunda-feira, caso não haja acordo”, confirmou.

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EDMAR JÚNIOR: "É MELHOR UM REAJUSTE MENOR E NÃO ATRASAR SALÁRIOS"
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