A maioria das 5.564 prefeituras do país deverá fechar suas portas no dia 13 de dezembro, em protesto ao governo federal, em virtude das baixas nos repasses  do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A informação é da União Brasileira dos Municípios (UBAM), que já fez contato com o prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), presidente a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), para mobilizar os prefeitos do Pajeú.

Segundo o presidente da UBAM, executivo Leo Santana, a entidade está apoiando o movimento como forma de repudiar o que classificou de “o maior arrocho financeiro dos últimos 25 anos”, devido a falta de compromisso do governo da União para com os mais importantes entes da federação.

“Os prefeitos e prefeitas de todo Brasil devem decretar “Estado de Emergência”, pois infelizmente não têm recebido nenhuma atenção do governo federal, que de forma desonesta promove renúncias fiscais em prol das indústrias multinacionais, obrigando os gestores a demitirem servidores, paralisarem obras de grande necessidade e diminuírem salários, evitando serem condenados por improbidade administrativa, devido a Lei de Responsabilidade Fiscal, lei que não atinge a União”, disse Leo Santana.

SERRA TALHADA

Apesar dos problemas que enfrenta, o FAROL apurou que a Prefeitura de Serra Talhada não vai protestar. O prefeito Luciano Duque vem passando por sérias dificuldades no ajuste de contas, onde o drama  nos repasses ao Instituto de Previdência Própria é apenas a ponta do iceberg. No último dia 20, por exemplo, o repasse do FPM sequer deu para cobrir o duodécimo da Câmara de Vereadores.

Ignorando o arrocho fiscal, o prefeito de Serra Talhada prefere o discurso ufanista, anunciando investimentos de mais de R$ 400 milhões em 2014, ‘blindando’ o governo federal com a tão famosa ‘estrada pra Brasília’.