Do G1

Cinco pessoas morreram nos protestos e tumultos que eclodiram na quarta-feira (9) em Bogotá, na Colômbia, em resposta à morte de um homem sob custódia da polícia.

Confrontos se espalharam pelas ruas de Bogotá e do município vizinho de Soacha. Foi um dia de revolta popular e de mobilizações contra a polícia.

As autoridades não detalharam as circunstâncias desses cinco óbitos. Na madrugada de quinta-feira, porém, o ministro da Defesa, Carlos Holmes Trujillo, ofereceu uma recompensa pela “captura dos autores do assassinato de cinco pessoas”.

Durante os protestos, 46 postos policiais, conhecidos como Centros de Atenção Imediata (CAI), e dezenas de ônibus públicos foram destruídos, relatou a prefeita Claudia López.

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Em mensagem à imprensa, o ministro também anunciou que aumentará a presença das forças da ordem com centenas de soldados e mais de 300 homens da Polícia Militar.

A agressão que gerou os violentos protestos ocorreu na madrugada de quarta-feira, no noroeste de Bogotá.

Morte de um advogado

A morte do advogado Javier Ordóñez, um advogado de 46 anos, pai de dois filhos, desencadeou os protestos. Ele foi preso por dois policiais, que o jogaram ao chão. Os agentes então lhe aplicaram choques com uma arma elétrica –alguns deles por vários segundos.
É possível ouvir Ordóñez pedir “chega, por favor” repetidas vezes. Ele foi levado a um posto policial e, de lá, para uma clínica, onde faleceu.

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O incidente aconteceu na quarta-feira pela manhã. Ordóñez foi abordado pela polícia porque estava bebendo álcool na rua com outras pessoas, o que contraria as regras de distanciamento social para evitar a transmissão do coronavírus.

“Expressamos a dor pela morte de Javier Ordóñez e nosso reiterado sentimento de solidariedade para com seus familiares. O governo nacional continuará prestando toda colaboração exigida pelas autoridades competentes para que os fatos sejam esclarecidos o mais rápido possível”, afirmou o ministro da Defesa.

O caso evoca o episódio sofrido pelo afro-americano George Floyd. Ele foi morto em Minneapolis em maio passado, sufocado por um policial branco que o imobilizou com um joelho no pescoço.

Depois de sua morte, fortes protestos explodiram nos Estados Unidos e continuam ecoando no país.