Publicado às 13h50 desta sexta (3)

Foto arquivo Farol

O prefeito Luciano Duque (PT), que está em agenda no Recife, se irritou ao ser indagado sobre o seu futuro político após o anúncio de que o PT em Pernambuco vai se aliar ao PSB do governador Paulo Câmara nas eleições 2018.

O destempero relâmpago de Duque foi ao ar, ao vivo, durante o programa Frequência Democrática, na rádio Vilabela FM, nesta sexta-feira (3).

A resposta do petista causou estranhamento pelo modo ríspido com que se comportou para uma pergunta considerada banal, feita por telefone.

“Qual será a postura dos que não comungam com essa aliança PT/PSB, como no caso do senhor? O senhor vai subir no palanque de Paulo Câmara? Vai anunciar a candidatura de Marília a deputada federal caso isso aconteça?”, indagou o jornalista Giovanni Sá:

“Primeiro, o senhor me respeite! Não queira ditar o que eu vou fazer! Vou discutir com o grupo e a partir disso a gente toma uma decisão, muito obrigado e passar bem!”, disparou o prefeito, ao final da pergunta, desligando o telefone.

PLANOS

Pouco antes de se irritar, Luciano havia dado pistas de que a estratégia dos que não comungam com a orientação da executiva nacional pela aliança com os socialistas, será a de resistência.

“Hoje (3) temos reunião do diretório nacional e iremos protocolar uma uma defesa a ser interposta para que o caso de Marília fosse decidido pela executiva nacional e vamos aguardar. Marília está sendo vítima desse processo e nós sabemos quem são os algozes”, afirmou o gestor, ponderando:

“O que podemos afirmar é o seguinte: tivemos uma vitória extraordinária, o partido e os movimentos sociais tiveram 80% de delegados votando a favor da candidatura própria, da candidatura de Marília Arraes, que saiu ovacionada. E vamos esperar que o partido tenha um comportamento democrático, que respeite os delegados, os movimentos sociais… Quais os interesses nós não sabemos… Foi uma atitude de intolerância, porque Marília não é um projeto de Marília, é uma candidatura do povo de Pernambuco. E nós não podemos aceitar e acreditar que o partido não irá permitir”.