Fotos: Farol de Notícias/Celso Garcia
Publicado às 05h53 desta quinta-feira (16)
O Falando Francamente na TV Farol contou com a participação da psicóloga Amanda Novaes na última terça-feira (14). Ela conversou sobre o bullying escolar e detalhou os sinais que as crianças e adolescente podem apresentar ao serem vítimas da prática agressiva, que ocorre por meio de violência física ou psicológica, de forma repetida e sistemática, ocasionando humilhação e intimidação. Em casos mais graves, na morte da vítima.
Nesta semana o Farol de Notícias noticiou um caso de bullying vivido por uma adolescente de 12 anos no ambiente escolar, em uma escola municipal da zona rural de Serra Talhada. A mãe da menina não sabia mais o que fazer e, preocupada, procurou a redação do Farol para denunciar o ocorrido, na esperança que a Secretaria de Educação tomasse alguma atitude que pudesse resolver o transtorno que dura um pouco mais de um ano. A jovem, diariamente, é agredida verbalmente com xingamentos do tipo “gorda, botijão e dragão”, conforme relatou a mãe [relembre aqui].
O bullying escolar é um problema que precisa da atenção dos pais ou responsáveis, da instituição de ensino e da sociedade. A psicóloga Amanda Novaes ressaltou que, hoje, com o desenvolvimento social, ocorreram mudanças na forma como as pessoas enfrentam as dificuldades, e que essa transformação faz com que ocorra uma fragilidade no processo de adoecimento. Uma situação que precisa de algumas atitudes tanto do ambiente escolar como dos pais, para que as crianças tenham autonomia e saibam lidar com os obstáculos.
Enfrentando o bullying
“Até os oito anos, ela [criança] precisa ter essa construção, os pais precisam fazer que ela tenha autonomia. Entra a questão de dormir junto dos pais, eles precisam construir esse desafio de ficar só, e também poder pedir ajuda quando necessário”, disse Amanda Novaes, relatando sobre a atitude da direção da escola ao tentar uma solução para o problema vivido pela adolescente no ambiente escolar:
“Se tornou um problema porque muitas vezes as pessoas não querem respeitar a individualidade do outro. Essa questão de excesso de peso ou de ausência, muitas vezes, as pessoas tendem a falar. A postura de ter realocado [a adolescente] de turma é uma alternativa, mas as escolas precisam entender que existe a necessidade de uma trabalho voltado, principalmente, para os pais, assim como também para os alunos, porque é algo que muitas vezes vem de criação, da própria família. Quem pratica o bullying também precisa de tratamento, porque ele pode estar passando as mesmas imagens do que ele está vivenciando”, esclareceu a psicóloga.
Quem sofre bullying apresenta sinais
“O primeiro sinal para qualquer ser humano é a mudança de comportamento, a criança passa a ficar mais levada; choro excessivo; não quer mais ir à escola; às vezes começa a dizer que está sentindo febre; que está com dor de barriga. Tudo para evitar ir à escola para que isso não aconteça. A gente precisa perceber esse padrão de comportamento, porque muitas vezes esse bullying pode vir associado a uma ameaça. O bullying pode chegar, infelizmente, até o nível da morte. Há crianças e adolescente que cometem o suicídio por conta desses excessos”, alertou Amanda Novaes.
Confira a entrevista completa no Falando Francamente da TV Farol
Adolescente sofre bullying em escola de ST; secretário silencia
8 comentários em Psicóloga serra-talhadense debate o bullying e revela sinais de alerta