O Partido dos Trabalhadores (PT) possui uma disciplina considerada ‘ militar’ de arrecadação de dinheiro de seus filiados. Cada um é obrigado a contribuir para os quadros do partido e caso fique inadimplente, sequer pode votar no processo de eleições internas da sigla. Mesmo assim, a militância não costuma reclamar  do ‘dízimo’ mensal cobrado. Em Serra Talhada, por exemplo, o prefeito eleito Luciano Duque terá que contribuir com 20% do se salário para o PT. Ou seja,  R$ 3.400 irão para os cofres da legenda. Duque, inclusive, já recebeu um documento de adesão espontânea ao pagamento.

Já com relação aos veradores a ‘mordida’ se apresenta um pouquinho menor. Para eles, o percentual é de 15%, algo em torno de R$ 1.700. “Vou contribuir porque é uma obrigação estatutária”, comentou o vereador eleito Sinézio Rodrigues, mesmo reconhecendo que a quantia pesa no bolso e aperta as finanças. Imposto de Renda e contribuição previdenciária ainda fazem parte dos descontos no contracheque dos petistas, o que acaba cortando boa parte dos salários. A partir de janeiro o salário do prefeito vai a R$ 17 mil e dos vereadores R$ 8.500. O novo valor foi aprovado no primeiro semestre deste ano.

MAIS DINHEIRO

Entretanto, a gula fiscal petista não pára por aí. Já existe um movimento liderado pela direção nacional do partido para arrecadar fundos em ajuda ao companheiro José Dirceu, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no chamado processo do ‘Mensalão’. Os petistas vão passar a ‘sacolinha’ para ajudar o réu a pagar despesas com advogados.