Áudios revelam conversas de integrantes de quadrilha de manipulação de resultados falando sobre contatos nos estaduais  – Foto: Reprodução

Por Folha Pe

 

Os desdobramentos da Operação Penalidade Máxima II, deflagrada na última segunda-feira pelo Ministério Público de Goiás, revelam que o esquema de manipulação das apostas esportivas passou também pelos campeonatos estaduais disputados neste ano.

Na denúncia, mensagens trocadas entre Bruno Lopez e Thiago Chambó, dois dos quinze indiciados na operação, revelam que o grupo planejava, em dezembro do ano passado, interferir nos campeonatos deste ano.

“Estamos com muito brother pra yellow”, afirma Chambó, se referindo a jogadores que aceitaram tomar o cartão amarelo, incluindo jogadores da Série B que subiram para a primeira divisão em 2023. “Mano, eu to com vários também. Mais pros estaduais”, responde Lopez em dezembro do ano passado.

Na primeira semana de janeiro, eles retomam o assunto: “Eu tô com contato no campeonato mineiro, tô com contato no campeonato paranaense, tô com contato no campeonato paulista, tô com contato no campeonato baiano, tô com contato no campeonato cearense”, afirma Chambó.

Lopez também fala sobre os jogadores com quem mantém contato: “Eu tenho aqui no mineiro, tenho no carioca, tenho no paulista, tenho nesse sergipano, tá ligado? E tenho no goiano”.

Três entre os quatro jogadores que fizeram acordo para colaborar com as investigações do MP foram cooptados para atuar em campeonatos estaduais: Kevin Lomónaco no Paulistão e Nikolas Faria e Jarro Pedrosa no Campeonato Gaúcho.