Do Diario de Pernambuco
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, revelou nesta sexta-feira (4) que não assiste aos depoimentos tomados pelos senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. O integrante do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) disse que não acompanhou sequer a oitiva da infectologista Luana Araújo, que atuou por dez dias na pasta. A médica trabalhou extraoficialmente, pois teve a nomeação barrada pelo Palácio do Planalto.
As declarações foram dadas ao programa CB.Poder, do Correio Braziliense. O ministro afirmou, ainda, que o tratamento precoce não é fator essencial para os rumos da epidemia. O protocolo, sem eficácia científica comprovada, tem a hidroxicloroquina, “xodó” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como artífice. Ele pediu harmonia da classe médica em torno do tema.
“Essa decisão, em termos do que vai se fazer no início da doença ou não, não vai interferir decisivamente no curso desta pandemia. O que interfere é a vacinação. Não fico assistindo aos depoimentos da CPI. Tenho que me concentrar em garantir que não faltem insumos nas CTIs do Brasil”, disse.
Segundo Queiroga, o Ministério da Saúde não trata diretamente de protocolos de tratamento. O tema foi entregue à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que tem a prerrogativa de deliberar sobre a questão.
“Não assisti ao depoimento. A doutora Luana não foi nomeada. Ela participou como colaboradora. O que posso dizer é que ela é uma pessoa que tem bom currículo, que estava trabalhando comigo na elaboração de protocolos de testagem. No Ministério da Saúde, não discutimos tratamentos”, afirmou.
O ministro da Saúde sequer compõe grupos virtuais com outros palacianos. “Não vejo rede social e não participo de grupos de WhatsApp. Isso vai desviar meu foco”.
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