politicoO deputado federal Zeca Cavalcanti (PTB) foi o que mais gastou dinheiro público no uso da cota parlamentar no mês passado na Câmara de Deputados, em Brasília. O petebista utilizou quase R$ 40 mil em apenas 30 dias com diversas benesses. O FAROL comparou as despesas dos deputados federais eleitos com os votos de Serra Talhada analisando a planilha com a chamada verba indenizatória. Além de Zeca Cavalcanti, investigamos Fernando Filho (PSB), Marinaldo Rosendo (PSB), Gonzaga Patriota (PSB) e Kaio Maniçoba (PHS). Juntos, todos os cinco gastaram R$ 108.912 mil em abril com o uso do “cotão”.

Apesar de consagrar-se o campeão de gastos do mês, com R$ 38.426, Zeca Cavalcanti, apoiado pelo estadual Augusto César (PTB) na Capital do Xaxado, diminuiu em 11% o volume de custos com o chamado “cotão” comparando com o mês de março, quando usufruiu de R$ 43.217. Ou seja, fez uma economia, de um mês para o outro, de R$ 4.791 aos cofres públicos. Em segundo lugar na corrida dos maiores gastadores de abril aparece o deputado Marinaldo Rosendo (PSB), que teve o apoio do ex-prefeito Carlos Evandro (PSB). No mês passado, Rosendo ‘torrou’ R$ 25.454, reduzindo em apenas 1,6% os gastos com relação ao mês de março, quando usou R$ 25.878.

Na terceira colocação está o deputado Gonzaga Patriota (PSB), apoiado em Serra Talhada pelo prefeito Luciano Duque (PT). Patriota utilizou com a cota parlamentar R$ 25.086 e aumentou as despesas com o “cotão” em 15%, já que março usufruiu de R$ 21.808 do dinheiro da população. Já Fernando Filho (PSB), que contou com a força do vereador Zé Raimundo (PTB) usou R$ 19.946 da cota concedida aos deputados para gastos com a atividade de trabalho, conseguindo reduzir as despesas em 28%. No mês de março ele havia torrrado R$ 35.291.

Na última colocação ficou o deputado Kaio Maniçoba (PHS), que foi bastante modesto no uso do “cotão” em abril, gastando apenas R$ 10.557. No entanto, Maniçoba, no mês de março, foi um dos que mais usufruiu de despesas atingindo o patamar de R$ 46.746. De um mês para o outro, ele reduziu os custos de sua atividade no Congresso em 77%.

MAS POR QUE TANTO GASTO?

A verba indenizatória é um benefício anual de até R$ 180 mil a que os parlamentares têm direito para cobrir despesas com aluguel de imóvel e veículos, inclusive combustíveis, alimentação, hospedagem, consultoria e publicidade das atividades relacionadas ao mandato.

Politico oportunista

Entre as benesses que os deputados federais votados em Serra Talhada têm direito, a maioria preferiu usar o repasse público para bancar despesas com locação de veículos, combustíveis e consultorias técnicas. Os maiores gastos de Zeca Cavalcanti em abril foram com consultorias, no qual dispendeu R$ 16 mil, seguido de locação de veículos (R$ 8.900) e combustíveis (R$ 3635).

Marinaldo Rosendo também investiu pesado em consultoria técnica, torrando R$ 13 mil dos cofres públicos. Em seguida, na sua lista de prioridades aparece a emissão de bilhetes aéreos (R$ 3.416) e manutenção de escritório de apoio à atividade parlamentar (R$ 3.089).

Já Gonzaga Patriota demandou de R$ 5.800 com passagens aéreas, priorizando também serviços postais (R$ 6.612) e combustíveis (R$ 4.758). Fernando Filho, por sua vez, gastou mais com locação de veículos (R$ 10 mil), depois divulgação da atividade parlamentar (R$ 4500) e combustíveis (R$ 3.209). Kaio Maniçoba usou, prioritariamente, o cotão com locação de veículos (R$ 5 mil); seguido de gastos com combustíveis (R$ 3.900) e bilhetes aéreos (R$ 1.187).