Publicado às 21h18 desta segunda-feira (26)

Uma mãe serra-talhadense entrou em contato com a redação do Farol de Notícias nesta segunda-feira (26) para denunciar a demora no recebimento do medicamento de seu filho pela Farmácia de Medicamentos Excepcionais de Pernambuco, situada ao lado do Hospam (Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães), na região central de Serra Talhada.

A senhora Jácia Freire, de 37 anos, revelou o dilema que ela e outras pessoas vêm enfrentando para receber alguns medicamentos do Governo do Estado. Segundo Jácia, há uma espera longa para conseguir Ritalina LA, medicamento usado no tratamento de TDAH de seu filho de 17 anos.

“Meu filho foi diagnosticado com alguns problemas inclusive com TDHA , que é preciso fazer uso da medicação ritalina LA de 30 mg. Essa medicação é dada na farmácia do estado. Já fiz o cadastro,  lá demora p fazer o cadastro e quando é feito, o remédio demora uns dois meses para chegar.  O cadastro só vale por 3 meses e já faz dois meses que não recebo a medicação, e o cadastro já vai vencer em agosto”.

O remédio que Jácia luta para receber, custa em média R$ 308,00 e precisa ser utilizado todo mês. A demora na entrega da medicação segundo a dona de casa acontece há vários anos.

SITUAÇÃO DE ABANDONO 

A equipe do Farol visitou a Farmácia de Medicamento Excepcionais (Farmácia de Pernambuco) e se deparou com um cenário de abandono e sucateamento. Equipamentos danificados, material de expediente escasso e falta de profissionais para realizar o atendimento adequado.

A sala de estoque de medicamentos está com o ar-condicionado quebrado, com risco de comprometer o armazenamento de remédios. As cadeiras estão rasgadas e já foram empréstimos da 11ª GERES, bem como a geladeira do órgão.

Os processos de solicitação de medicamentos estavam sendo redigidos à mão por falta de folhas suficientes para impressão da folha de rosto com as informações necessárias.

Todos estes processos retornaram à farmácia por não se adequarem ao que é solicitado pela gerência de Recife, o que pode ter influenciado a demora do medicamento para o filho de Jácia Freire.

A situação critica que vem passando a Farmácia de Pernambuco não é nova, segundo relatos; o órgão está sem manutenção há 10 anos. E não há previsão de que algo vai mudar pelos próximos meses.

O OUTRO LADO

A Farmácia de Medicamentos Excepcionais (Farmácia de Pernambuco) informou ao Farol que o processo de solicitação de remédio do Filho de Jácia Freire foi efetivado em maio e por sua vigência ser recente, ele receberá o medicamento em julho.

O mau atendimento foi justificado pela sobrecarga de trabalho que os profissionais da farmácia são submetidos, muitas vezes realizando várias funções ao mesmo tempo, somado ao diálogo complexo com pacientes que na maioria das vezes estão irritados pela demora de medicamentos.