Raquel Lyra é eleita governadora de PELeia mais no JC Online

Raquel Lyra (PSDB) é a primeira mulher eleita governadora de Pernambuco. Aos 43 anos, a tucana conquistou 58,87% (2.835.896) do votos no Estado, com 90,75% das urnas apuradas. Marília Arraes (SD) teve 41,13% (1.983.258).

Raquel já foi deputada Estadual de Pernambuco entre 2011 e 2016 e prefeita de Caruaru entre 2017 e 2022, além de secretária da Criança e Juventude do Estado.

Nascida no Recife, mas com carreia política em Caruaru, Raquel é filha de João Lyra Neto, ex-prefeito de Caruaru e ex-governador de Pernambuco, e de Mércia Lyra. É neta do ex-prefeito de Caruaru, João Lyra Filho, e sobrinha do ex-Ministro da Justiça Fernando Lyra (1913-1999).

A governadora eleita perdeu o marido Fernando Lucena no dia 2 de outubro, dia do primeiro turno da eleição, vítima de um infarto fulminante.

Raquel deixou a prefeitura de Caruaru no 31 de março de 2022, para disputar o governo. No dia 2 de outubro, ela terminou o primeiro turno com 20,58% dos votos.

Quem é Raquel Lyra?

Quando era criança, Raquel Lyra (PSDB) costumava acompanhar o pai, João Lyra Neto, em agendas políticas em Caruaru, no Agreste. Estava nos comícios, fazia visitas à zona rural e participava de caminhadas.

Em anos eleitorais, arrumava briga com amigos e vizinhos, defendendo os candidatos da família ou os aliados. Na escola, sempre que podia, subia num caixote para discursar.

O envolvimento da menina com a política foi precoce. Aos 9 anos, ela fez campanha para o tio Fernando Lyra, nas primeiras eleições diretas após a ditadura militar. Em 1989, ele concorria como vice-presidente na chapa encabeçada por Leonel Brizola (PDT).

Em uma foto da época, Raquel Lyra aparece vestida de “Brizola Presidente”, da cabeça aos pés, segurando sacolas com material de campanha. Mãe de Raquel Lyra, Dona Mércia Lyra conta que ela estava animada com a candidatura do tio, por quem sempre teve grande admiração.

A chapa brizolista não levou as eleições, que deram vitória a Fernando Collor, mas o momento marcou a luta pela redemocratização do País e inspirou a futura candidata. Na Família Lyra, o calendário da vida seguia o das eleições. Sempre tinha alguém da família ou algum aliado concorrendo. Aí, todo mundo se envolvia.

Entre os Lyra, independentemente da profissão que se escolhe, não se escapa da política. É quase uma ‘herança genética’. Quem não está disputando, está fazendo acontecer nos bastidores. Até Raquel Lyra tentar sua primeira candidatura como deputada estadual, em 2011, não se tinha esperança de que alguém da geração dela fosse encarar a vida pública.