Do Metrópoles

 

Felicity-May Harvey tinha apenas 20 dias de nascida quando foi morta pelo pai, Darin Harvey, de 25 anos. O homem é julgado por assassinato pelo Tribunal da Coroa de Bolton, em Stirling Place, Heywood, na Inglaterra.

Segundo a promotoria britânica, a recém-nascida foi sacudida pelo pai até a morte, assim que a mãe, Heather Connolly, havia deixado a casa onde o casal morava, em 8 de janeiro de 2021. Felicity-May sofreu ferimentos “catastróficos” depois de ser “deliberadamente sacudida” e ficou como “uma boneca de pano”.

Tim Storrie KC, um dos promotores, disse ao tribunal que a bebê nasceu com uma fenda palatina, o que afetou a capacidade dela de se alimentar e que isso exigia dos pais um “grau extra de cuidado”.

No dia da morte da criança, a mãe contou aos investigadores que, antes de sair, verificou a filha, que estava dormindo em uma cesta de Moisés, próprio para bebês, e que em momento algum teve preocupação com o bem-estar dela, já que estava bem.

Ela também deixou um bilhete para Darin Harvey avisando que a criança precisava ser alimentada. Ela ficou poucos momentos fora de casa, ainda de acordo com a promotoria.

“Heather Connolly estava fora de casa por não mais de um quarto de hora. Ao final desse quarto de hora, seu mundo inteiro havia mudado”, afirmou Tim Storrie KC.

Foto ReproduçãoFelicity-May Harvey
Felicity-May Harvey

Quando estava voltando para casa, Heather Connolly revelou ter recebido uma ligação do acusado, que expressava preocupação com a filha. Ao chegar em casa, ela encontrou Felicity-May “fria, azul e lutando para respirar”, alegam os promotores. Connolly ligou para o 999 e Felicity-May foi levada para o hospital, ouviram os jurados durante o julgamento.

Lesões catastróficas

A princípio, a mãe pensou que a filha tivesse engasgado e parado de respirar por conta da fenda palatina, mas testes realizados por médicos revelaram “uma constelação catastrófica de lesões” no cérebro do bebê, além de graves lesões na medula espinhal, disse Storrie.

Também havia evidências de “sangramento muito substancial nos olhos”, o que era típico de “traumatismo craniano grave e abusivo, como ocorre com tremores ou tremores com impacto”, ouviu o tribunal.

Os promotores dizem que os ferimentos foram causados ​​por Felicity-May ter sido “deliberadamente sacudida ou fisicamente maltratada de uma maneira que ninguém faria, a menos que quisessem causar danos óbvios a ela”.

Harvey, de Wardle, Rochdale, foi preso naquela noite, em caratér temporário. Depois, ele foi preso novamente após a morte de Felicity-May, três dias depois que ela foi internada em estado grave em um hospital.

 

Pai nega crime

Quando questionado pela polícia, Harvey negou a responsabilidade pelos ferimentos de sua filha, alegando que, quando a alimentou, ela estava “bem, receptiva e feliz”.

Ele alegou que Felicity tinha ‘mostrado a língua’ antes de ‘ficar com sono’ e então ele a colocou na cama, disse Storrie.

Até a manhã desta quinta-feira (20/10), o julgamento continuava no Tribunal da Coroa de Bolton.