contas2O imbróglio em torno do julgamento das contas do ex-prefeito Carlos Evandro (PSB), referente ao exercício de 2008, já tem data marcada para o seu final. Na sessão ordinária realizada nessa segunda-feira (23) a bancada de oposição aproveitou a ausência do vereador governista, Antonio Rodrigues (PTC), e ingressou com o Requerimento 001/2014 solicitando ao presidente da Câmara, José Raimundo Filho (PTB), que marcasse o dia da votação em função dos prazos já para a próxima quinta-feira (27).

O petebista tinha a prerrogativa de negar o pedido mas acatou e colocou sob regime de votação. No final, o requerimento foi aprovado por 7 x 6. Mais uma vez, os vereadores Sinézio Rodrigues (PT) e Manoel Enfermeiro (PT) votaram alinhados com a oposição. Agora é definitivo: as contas serão julgadas na quinta às 19 horas.

“Usei do mesmo peso e da mesma medida quando acatei, na segunda-feira (17), o requerimento da bancada governista. Minha única preocupação, desde o princípio, foi manter a legalidade em todo o processo. Estou sendo criticado por muitos e até por alguns colegas, porque estou cumprindo a lei. Não estou sendo leviano”, declarou Zé Raimundo, após o processo de votação. Segundo ele, o julgamento foi marcado para o dia 27 para que fosse dado o direito de ampla defesa ao ex-prefeito Carlos Evandro. “A Casa tem tomado todas as providências legais”, reforçou.

O final do impasse foi comemorado pela bancada de oposição. Até mesmo o vereador Gilson Pereira (PSD), que tem disparado severas críticas ao processo, mudou o tom do discurso. “Hoje, aqui nesta Casa, a lei está sendo uma regra geral de Direito. Estamos entrando em harmonia e esta briga toda termina agora com o amplo direito de defesa para o ex-prefeito”, discursou Pereira.

A FAVOR E CONTRAS

Votaram a favor do requerimento os vereadores Gilson Pereira, Leirson Magalhães, Pinheiro, Sinézio Rodrigues, Çição, Manoel Enfermeiro e Márcio Oliveira. Votaram contra os vereadores Dedinha Inácio, Vera Gama, Nailson Gomes, Jaime Inácio, Edmundo Gaia e Agenor de Melo. O presidente José Raimundo só votaria em caso de empate.