“Os prefeitos acabam sendo vítimas de uma campanha difamatória. Mas, por exemplo, a gente recebe cerca de R$ 500 mil de recursos do Fundeb para todas as demandas da educação que mal dá para pagar a folha. Há uma falta de recursos generalizada e este ano a crise se aprofunda mais e mais, 0,5 de aumento de FPM não resolve absolutamente nada”, choramingou Duque, falando à rádio Folha de Pernambuco no início da semana.
O prefeito lembrou que um programa de controle de despesas deverá ser instalado no governo no próximo ano prevendo o aumento do salário mínimo e do piso dos professores municipais. “Vem o aumento do salário mínimo e o piso dos professores. Ou seja, os custos vão aumentar então você vai ter que reduzir despesas”.
Luciano voltou a cutucar também o governo de Pernambuco, queixando-se agora que os serviços da UPA-E (Upa Especialidades), instalados na cidade no início do ano, estão sobrecarregando o município.
“O governo do Estado criou a UPAE e essa carga de serviços está desabando no colo do município. Tem mais médicos atendendo, porém os exames a gente não tem como atender (a demanda). A gente continua tendo um subfinanciamento dos programas federais, obrigando utilizar cada vez mais os recursos próprios”, citou.
FIQUE POR DENTRO
À rádio Folha de Pernambuco, na última terça-feira, o gestor disse que estava prevendo um ano difícil, devido o baixo crescimento econômico do país, e que isso afetará as gestões das prefeituras. O discurso, no entanto, prepara a população para medidas duras. Uma dela já foi tomada este ano, com a elevação do IPTU. Luciano adiantou que haverá, nos próximos anos, diminuição do quadro de pessoal e queda de investimentos com recursos próprios. O prefeito entra 2015 com o mesmo discurso de dificuldade financeira tão repetido em 2013 e 2014.
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