3970-transporte_escolarMotoristas ligados à Secretaria Municipal de Educação denunciaram, nesta quarta-feira (3), que estão sem receber há quase três meses. Eles são responsáveis pelo transporte de estudantes. Alguns, de tão inconformados, ameaçam parar as atividades caso a Prefeitura de Serra Talhada não dê um retorno satisfatório à categoria. Caso paralisem as atividades, milhares de alunos ficarão prejudicados. Em conversa com o FAROL, nesta quinta-feira (3), o secretário de Educação Edmar Júnior confirmou o atraso, mas disse que está correndo para resolver o problema.

“De fato, são quase três meses de atraso, mas já estamos tentando resolver tudo isso. Vamos ver se conseguimos pagar pelo menos um mês até o final da Festa de Setembro. É uma situação delicada porque estamos enfrentando dificuldades com repasses por parte do Governo Federal, mas não tenho conhecimento de que os motoristas pararam as atividades, não”, afirmou o secretário. Atualmente, a prefeitura mantém cerca de 60 motoristas de transportes de estudantes. Com a estimativa de pagamento de um mês em atraso, o governo deverá dispor de cerca de R$ 80 mil.

CUSTO ALTOedmar junior

Edmar Júnior disse que a prefeitura vem arcando com despesas muito altas, bancando cerca de R$ 400 mil por mês somando todos os custos em relação ao transporte de estudantes. O secretário lamentou que o repasse para a educação, por parte do governo federal, não paga um mês das contas com o transporte. “Até agora, recebemos R$ 250 mil de repasse federal, que não paga nem um mês dos nossos custos. E tivemos uma queda no FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e isso afetou a nossa receita”.

O secretário lembrou que já conseguiu pagar os comissionados da educação, que estavam com salários atrasados e também os transportadores de professores que atuam na zona rural. “Em relação aos carros que transportam professores, nós pagamos um mês, faltando apenas um. Tiveram alguns que não ficaram satisfeitos e preferiram não prestar mais o serviço. Mas já substituímos”, detalhou Edmar Júnior. Ele afirmou que os custos com relação aos transportes de professores também aumentaram, já que alguns carros estavam rodando de forma irregular e tiveram que ser adaptados.