SAMUA novela em torno da inauguração do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) que tem sede em Serra Talhada e vai regular os serviços em 35 municípios da região vai se estender e a inauguração pode não acontecer este ano.

Prefeitos do Consórcio dos Municípios do Sertão do Pajeú (Cimpajeú) se reuniram nessa quarta-feira (30) em Serra Talhada, e resolveram marcar uma audiência pública no dia 1º de setembro, na Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST) onde pretendem convidar representantes dos governos federal e estadual para colocar na mesa as dificuldades das prefeituras.

Após quase duas horas de debates, os gestores concluíram que não têm condições de tocar o Samu sem um apoio direto das esferas estadual e federal. Segundo o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), as despesas com o Samu, só para Serra Talhada, devem ficar em torno de R$ 300 mil com a folha de pagamento e manutenção. Numa reunião com servidores, na última quarta-feira (29), Duque admitiu que se inaugurasse a obra teria que fechar num prazo de dois meses por não ter condições de manter os custos dos serviços.

Com a decisão dos prefeitos, o  Samu também se transformou num problema para os servidores que há cerca de uma ano esperam pela convocação. Muitos largaram seus empregos pensando que seriam logo chamados. Outros não escondem a ansiedade pela falta de informações em torno do assunto. Durante as eleições, o Samu foi utilizado como moeda eleitoral pelo prefeito Duque, que já anunciou três datas diferentes para inauguração. Enquanto nada se resolve, as ambulâncias doadas pelo Governo Federal sofrem a ação do tempo.