Há uma revolta generalizada entre os barraqueiros que irão trabalhar na Estação do Forró, em Serra Talhada, durante os festejos juninos. Tudo por conta da grade da programação que foi anunciada pela Prefeitura de Serra Talhada em parceria com a Fundação do Patrimônio Artistico e Histórico de Pernambuco (Fundarpe). Alguns comerciantes questionam o fato de o governo municipal ter anunciado, com estardalhaço, que a Capital do Xaxado tornou-se um polo junino do Estado.

“Vamos rezar para não termos prejuízos. Esta programação é muito fraca e não vai atrair a atenção dos turistas para Serra Talhada. Não tem um nome forte que chame a atenção”, disse o barraqueiro Jackson Alberto Francisco da Silva, que trabalha há nove anos na Estação do Forró. Ele diz que teve que pagar uma taxa de R$ 500 a prefeitura e vai lutar para não ter prejuízos durante os quatro dias de festa.

“Nossas despesas são altas. Vamos investir e pagar caro com uma programação desta. Espero que o meu lucro, caso eu tenha; seja suficiente para pagar aos funcionários”, lamentou Jackson Silva, relembrando as festas realizadas na gestão do ex-prefeito Carlos Evandro.

O OUTRO LADO

Bastante sereno, o secretário de Cultura, Anildomá Souza, esclareceu que os preços das barracas oscilam entre R$ 300 e R$ 500, e os pequenos comerciantes não irão pagar nada. De acordo com o secretário, está sendo montada um grande campanha publicitária que será veiculada em toda região, mostrando as qualidades do São João de Serra Talhada.

“Pautamos uma programação nas raízes culturais mas temos nomes do forró estilizado como Toca do Vale e Gaviões do Forró. Tranquilizo os barraqueiros porque teremos muita mídia, inclusive de televisão. Teremos uma programação de qualidade com participação popular”, finalizou Anildomá Souza.