teste orelhinhaUm dos sentidos mais importantes para o crescimento completo de um bebê é a audição. É através da audição e da experiência que eles têm com os sons que se inicia o desenvolvimento da linguagem. Qualquer perda na capacidade auditiva, mesmo que pequena, impede que a criança receba adequadamente as informações sonoras que são essenciais para a aquisição da linguagem.

Para garantir a perfeita evolução do bebê o primeiro passo é checar a audição, realizando o teste de Emissões Otoacústicas Evocadas ou popularmente chamado de teste da orelhinha. Em Serra Talhada, esse exame já encontra-se disponível, permitindo mais conforto aos pais que não precisam mais deslocar-se para o Recife.

O processo é recomendado para todos os recém-nascidos, mesmo para aqueles que não tem casos de surdez na família ou que não tiveram intercorrências na gestação e no parto. O exame é realizado por uma fonoaudióloga, aproximadamente 48 horas após o nascimento. Tem a duração de 5 a 10 minutos, e é feito preferencialmente com o bebê dormindo. Não tem nenhuma contra-indicação e não exige nenhuma intervenção invasiva (uso de agulhas, sedação ou eletrodos).

“Por meio de um pequeno fone de ouvido são emitidos sons de fraca intensidade no canal auditivo. As células ciliadas externas da cóclea (o “caracol” do ouvido) captam estes estímulos auditivos e mandam uma resposta para o canal auditivo. Esta resposta é ampliada e registrada. Se o bebê falhar no teste deverá ser reavaliado após 15 dias. Se falhar novamente, será encaminhado ao médico otorrinolaringologista para exames complementares que diagnosticarão a deficiência auditiva”, explica a fonoaudióloga, Cibelly Brandão, que realiza o teste no o Hospital São Francisco, em Serra Talhada.

Caso a deficiência auditiva seja confirmada, será iniciada a intervenção clinica – educacional (uso de aparelho de amplificação sonora, orientações, terapia, fonoaudióloga, etc), a fim de que as dificuldades com a comunicação sejam minimizadas. Cibelly alerta que a intervenção fonoaudióloga precoce, isto é, antes dos 6 meses de idade, mesmo para crianças que apresentaram deficiência auditiva, garante um desenvolvimento de linguagem muito próximo ao da criança ouvinte. No entanto, caso essa intervenção seja tardia acarreta prejuízos irreversíveis ao bebê. Recomenda-se que o exame seja realizado ainda na maternidade antes da alta do bebê, entretanto o teste pode ser feito em qualquer faixa etária.