O deputado federal licenciado, Sebastião Oliveira, secretário de Transportes de Pernambuco e presidente estadual do PR, mostrou muita preocupação com o atual momento político do Brasil.

Durante entrevista ao Programa Farol de Notícias, nesse sábado (27), na rádio Vilabela FM, ele admitiu que pode retornar a Câmara dos Deputados, caso seja aberto um processo de eleições indiretas.

Num debate franco, o republicano afirmou que o PR continua no apoio ao governo Temer até a decisão dos embates na Justiça, mas que vai interferir, caso seja necessário.

“Se houver eleição indireta, eu vou participar deste momento sim, e vamos discutir com os pretensos candidatos, se houver, para tirar o Brasil deste momento de incerteza e que volte a ter perspectiva de geração de emprego e renda. Tivemos um crescimento econômico neste primeiro trimestre até acontecer este ‘tsunami’ na economia brasileira. Precisamos ter muita cautela, transparência e calma,  para ver que rumo tomar”.

NOMES EM JOGO

Ainda durante a entrevista, por telefone, Sebastião Oliveira foi de encontro a opinião do seu líder, ex-deputado Inocêncio Oliveira, que defende os nomes dos tucanos Tasso Jereissati ou Fernando Henrique Cardoso, ambos do PSDB, caso se instale as indiretas pelo Congresso Nacional.

“Há dois impedimentos para que estes nomes ergam a bandeira da paz. Hoje não tem povo na rua. Na queda da presidente Dilma, quem estava na rua eram pessoa financiadas pela Fiesp, pelos grandes empresário e pelo PSDB. Agora, as forças que estão nas ruas, tirando algumas exceções de funcionários públicos, são todas aparelhadas pelo PT e as centrais sindicais. Não podemos escolher um nome que vai manter estas duas correntes em pé de guerra na rua”, declarou ‘Sebá’, arrematando:

“Se a gente bota Tasso ou FHC, é a bandeira dos tucanos e do PSDB, que não vai tirar o povo e os sindicatos da ruas. Se a gente botar uma pessoa do PT, não vai tirar o povo financiado pelos grandes empresários e pelo PSDB das ruas. O que está existindo neste momento é um aparelhamento dos dois lados. Precisamos forjar uma liderança que traga paz ao Brasil. Não dá para pensar em Tasso e FHC e nem no volta Lula. Não dá para dividir o Brasil entre coxinha e mortadela, como um chama o outro. Tem que pensar no Brasil como um país que precisa de estabilidade e a ajuda de Deus. As grandes lideranças estão todas maculadas na Lava Jato e escândalos”, resumiu.