Publicado às 14h03 desta quinta-feira (28)

A secretária de Educação de Serra Talhada, Marta Cristina, abriu o jogo sobre a negociação com os professores que lutam por um reajuste salarial de 6%. O governo fechou questão em conceder apenas 4, 17% de aumento e garante não ter mais como avançar.

Durante entrevista ao programa Frequência Democrática, na rádio Vila Bela FM, Marta Cristina justificou a postura, que segundo ela, vai causar um rombo nas contas da prefeitura.

“O que nos impede de dar a resposta ao Sintest e aos professores? É o óbvio, a crise financeira pela qual o país se encontra, pela qual Serra Talhada não está fora. Eu trago aqui em mãos, embora isso não interesse a grande parte dos servidores que se recusam a ouvir o óbvio, um estudo financeiro baseado nas previsões do Fundeb 2019 que são assustadoras. Não só do Fundeb, a gente sabe que um dos setores mais desestruturados do governo Bolsonaro é o Ministério da Educação”, disparou a secretária, arrematando:

“Eu tenho aqui um estudo financeiro, por exemplo, que me diz que a previsão do Fundeb 60, que é o que paga os professores é de aproximadamente R$ 24,5 milhões. Minha folha, inclusive já considerando o reajuste de 4,17%, caso a gente fosse onerar em folha esses 4,17%, inicialmente, eu vou ter uma folha de pagamento de R$ 26 milhões. Eu vou ter um déficit previsto para 2019 só no Fundeb 60 de R$ 1.65o milhão”.

Apesar do ‘rosário de lamentações’, a secretária declarou que Serra Talhada vai ficar no topo após o reajuste de 4,17%

“O abono salarial de 0,65% dado o ano passado não esteja sendo considerado pela classe como aumento, como reajuste para 2019, a gente está cumprindo com a promessa de incorporar o abono ao reajuste de 4,17%, somando aí para um reajuste de 4,82% e ficando acima do piso salarial dos professores para a maioria dos municípios brasileiros de 0,65. Então, acima do piso Serra Talhada estará caso permaneça essa proposta”.

Nesta quinta-feira (28) os professores fizeram uma parada de advertência e, na próxima segunda-feira (1), ocupam o plenário da Câmara de Vereadores para pressionar pela não aprovação do projeto de lei enviado pelo prefeito Luciano Duque, que não assegura o reajuste de 6%